Líderes latino-americanos manifestaram apoio à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, depois que promotores argentinos pediram pena de prisão contra ela, em processo de corrupção no qual é suspeita de envolvimento.
Em carta veiculada nas redes sociais, os presidentes de México, da Colômbia e Bolívia disseram apoiá-la. A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), também manifestou solidariedade.
Kitchner é acusada de fraudar o Estado e de envolvimento em esquema para desviar fundos públicos enquanto era presidente, de 2007 a 2015.
“Essa perseguição visa a retirar Cristina Kirchner da vida pública, política e eleitoral, bem como enterrar os valores e ideais que ela representa, com o objetivo final de implementar um modelo neoliberal”, diz a carta.
O documento também foi assinado pelo presidente argentino, Alberto Fernández, que disse a aliada é vítima de “perseguição judicial”.
O promotor Diego Luciani acusou a peronista de cometer 51 fraudes em licitações. Se a Justiça confirmar a punição, Cristina também pode perder os direitos políticos, ou seja, ficar inelegível. Esse também é um dos pedidos do Ministério Público da Argentina. O órgão quer que ela devolva US$ 1 bilhão aos cofres públicos.
“Esta é provavelmente a maior manobra de corrupção já conhecida no país”, afirmou o promotor ao defender a condenação.