O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou, disse nesta sexta-feira (9), que o Brasil precisa de um “novo processo de reindustrialização”.
Ao fazer campanha nas ruas de Londrina (PR), o trabalhista alegou que, ao longo das últimas décadas, o país foi palco de um “desastroso” movimento de desindustrialização.
— A destruição de indústrias no Brasil tem que ser interrompida por um novo processo de reindustrialização. Esta é a grande demanda de modernização econômica de uma economia [nacional] que [encontra no setor de] serviços uma resposta insuficiente para agregar os valores de que precisamos — argumentou Ciro, referindo-se à necessidade do país gerar mais empregos e produzir e exportar bens de maior valor agregado.
— Os complexos industriais da saúde, do agronegócio, da defesa e do petróleo, gás e energia renováveis podem explodir a geração de empregos, renda e tributos para melhorarmos a saúde, a educação e tudo o que o nosso povo pede — acrescentou.
De Londrina, o candidato seguiu para Maringá (PR), a cerca de 100 quilômetros de distância e, em um comitê de campanha, Ciro criticou a ‘desigualdade social’ brasileira.
— Entre nós, brasileiros, cinco pessoas acumulam renda e fortuna [equivalente as] de 100 milhões de brasileiros mais pobres — disse ele, cujas propostas de campanha incluem a redução de subsídios e de incentivos fiscais a itens que não sejam de primeira necessidade; a recriação de um imposto a ser cobrado de lucros e dividendos e a taxação, em 0,5%, das fortunas de pessoas físicas com patrimônio superior a R$ 20 milhões.
— Isso não é uma denúncia da riqueza porque eu não tenho nada contra rico que ganha decentemente sua fortuna. A questão básica é que, do outro lado dessa estatística macabra de concentração de renda, nós encontramos 33 milhões de brasileiros passando fome — pontuou o esquerdista.
— A campanha política não pode ser uma disputa de egos, de projetos de poder, de violência, de paixões despolitizadas, de ódios descabidos. Ainda [esta semana] morreu um compatriota nosso, de forma bárbara, por causa de uma discussão política. Enquanto os candidatos estão protegidos, cercados por seguranças, por aparatos de proteção, nosso povo está exposto. E ainda temos muito tempo até o dia 2 [de outubro] para desarmar esta bomba — completou, fazendo menção ao caso em que uma discussão sobre política resultou em um brutal assassinato, em Confresa (MT), na noite da última quarta-feira (7).