O centrão voltou a intensificar sua pressão sobre o governo Lula, agora reivindicando nomeações para cargos e alocamento de emendas, justamente em um momento em que a administração está em uma corrida contra o tempo para obter a aprovação no Congresso Nacional de medidas econômicas de interesse do presidente da República.
Os integrantes do governo admitem que o prazo é muito curto, limitado a 60 dias, para promover avanços significativos no pacote de propostas elaborado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e nos projetos relacionados ao Orçamento de 2024.
A decisão de Lula, ocorrida na quarta-feira (25), de destituir a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, e nomear um aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para liderar o banco, culminou no acordo alcançado entre os líderes do centrão. O acordo resultou na desobstrução do projeto que visa à tributação de offshores e indivíduos super-ricos.
Apesar disso, as demandas do centrão não se limitam a essas questões apenas. Ainda estão pendentes as nomeações para as vice-presidências da instituição financeira estatal, bem como os cargos relacionados à recriação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).