
Durante o Carnaval, a cantora Anitta fez um protesto político ao gritar “sem anistia” em um de seus shows. A frase, amplamente utilizada por setores da esquerda que defendem a punição de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, viralizou nas redes sociais.
Em resposta, uma mulher publicou um vídeo criticando a postura da artista. No registro, ela questiona o uso do Carnaval para manifestações políticas e aponta seletividade no discurso.
Em determinado momento do vídeo, a mulher faz uma analogia: mancha um pedaço de concreto com batom vermelho para representar o caso de uma mãe de família condenada a mais de 17 anos de prisão por rabiscar com batom a estátua da Justiça durante os atos de 8 de janeiro em Brasília.
O caso mencionado no vídeo ilustra o que juristas classificam como “prisão política” — quando há punição desproporcional e seletiva contra opositores. A pena aplicada, de 17 anos, é superior à de crimes como homicídio simples, cuja condenação inicial pode ser de 6 anos, e estupro de vulnerável, que parte de 8 anos.
Além disso, atos de vandalismo como pichações em patrimônio público costumam resultar em penas brandas ou sanções alternativas, sem prisão.