O reverendo americano Franklin Graham, evangelista e filho do falecido pregador Billy Graham, estava programado para falar, em 12 de junho de 2020, em um evento em Liverpool, no Reino Unido. No entanto, autoridades locais proibiram a vinda de Graham e cancelaram o evento.
Segundo a CBN News, o evento de Graham, a ser realizado no ACC Liverpool, fazia parte de uma turnê maior pelo Reino Unido. As autoridades do local anunciaram sexta-feira (24) que o evento seria excluído da programação porque as opiniões de Graham – particularmente sua interpretação bíblica do casamento como uma união entre um homem e uma mulher – são “incompatíveis com nossos valores”.
O evento ‘Graham Tour UK’ foi originalmente planejado para ocorrer no ACC Liverpool em 12 de junho de 2020.
A decisão de cancelar a parada de Graham em Liverpool não é surpreendente. Ativistas da Agenda LGBT já estavam pressionando as autoridades locais por permitir que Graham compartilhasse o Evangelho no espaço.
Um grupo crítico da aparição de Graham no ACC Liverpool foi a Rede LGBT do Partido Trabalhista de Liverpool (LPLGBT Network), que se referia ao evangelista como “um pregador de ódio homofóbico”.
Os ativistas elaboraram uma petição, pedindo o apoio de seus representantes eleitos localmente, em resposta ao evento do “pregador de ódio homofóbico” Franklin Graham.
Resposta de Graham
Na segunda-feira (27), Graham respondeu à decisão do ACC Liverpool.
Ele escreveu uma carta aberta à comunidade LGBT no Reino Unido, informando que ele está indo para a Grã-Bretanha não para condená-los. Pelo contrário, ele está indo para apresentar o Evangelho.
Graham, no entanto, admitiu que vê a relação homossexual como um pecado.
“O problema, penso eu, é se Deus define a homossexualidade como pecado. A resposta é sim. Mas Deus vai mais além do que isso, dizendo que somos todos pecadores – inclusive eu. A Bíblia diz que todo ser humano é culpado de pecado e precisa de perdão e limpeza. A penalidade do pecado é a morte espiritual – separação de Deus para a eternidade”, disse Graham.
Graham também defendeu o direito à liberdade de expressão e liberdade religiosa. Ele escreveu que não iria ao Reino Unido “para falar contra ninguém” porque o Evangelho “é inclusivo”.
“Estou indo falar para todos. O evangelho é inclusivo. Não estou levando o ódio, estou levando o amor”, acrescentou o evangelista.
O pregador de 67 anos terminou sua carta dizendo que a comunidade LGBT é “absolutamente bem-vinda” a participar de um de seus eventos no Reino Unido.