Nesta segunda-feira (20), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, pediu ao mundo em Bogotá apoio aos esforços da Venezuela para “retornar à democracia” e, assim, acabar com “a tirania” do regime socialista de Nicolás Maduro.
“O mundo deve apoiar os esforços do povo venezuelano para voltar à democracia e acabar com a tirania de Maduro, que afeta não apenas os venezuelanos, mas também a Colômbia e toda a região”, disse Pompeo a repórteres depois de se encontrar com o Presidente colombiano, Iván Duque.
Na segunda, Pompeo participou na capital colombiana da III Conferência Ministerial Hemisférica de Combate ao Terrorismo, da qual também participou o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino do país por mais de 50 nações.
Pompeo disse que “os cidadãos rejeitam o autoritarismo e adotam a liberdade, o que é bom para todos nós que queremos ter um hemisfério de liberdade”.
“Os Estados Unidos agradecem à Colômbia por cuidar de 1,6 milhão de refugiados, é algo notável e um grande contraste com a dor que Maduro infligiu contra o povo venezuelano”, acrescentou Pompeo.
Ele também lembrou que, em setembro do ano passado, 12 países das Américas, inclusive o Brasil, apoiaram a ativação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) em vista da situação na Venezuela.
“Nós nos juntamos para compartilhar informações e aplicar sanções aos membros do regime e suas famílias. Os Estados Unidos e a Colômbia continuarão trabalhando com esses países bilateralmente para tentar restaurar a democracia”, concluiu Pompeo.
Iván Duque afirmou que é necessário “mobilizar mais recursos da comunidade internacional” para enfrentar a crise migratória, pois afirmou que “mais de 6 milhões de pessoas deixaram a Venezuela nos últimos anos”.
“Atualmente, é nosso interesse fazer com que outros países se unam à nossa causa”, disse Duque sobre o pedido para abordar o que ele chamou de “pior crise humanitária e migratória da América Latina em sua história recente”.
Duque também fez novamente uma “chamada urgente” para realizar “eleições livres e credíveis na Venezuela” que andam de mãos dadas com um “plano de recuperação econômica”.
“Os avanços que tivemos no TIAR (…) devem levar à pressão para que a transição política seja o mais rápida possível”, afirmou Iván Duque.
Após a declaração, Duke, Pompeo e Guaidó depositaram flores e inauguraram um monumento em homenagem aos 22 cadetes que foram mortos em 17 de janeiro de 2019, em um ataque terrorista da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), na Escola da Polícia Geral Francisco de Paula Santander, onde é realizada a conferência.
O presidente colombiano, o secretário de Estado dos EUA e o presidente interino venezuelano cumprimentaram parentes das vítimas e mantiveram um minuto de silêncio em homenagem aos cadetes mortos, incluindo um cadete equatoriano.