Na Nigéria, vivem 80 milhões de cristãos, que nas últimas décadas têm sido regularmente confrontados com o terror da organização terrorista islâmica “Boko Haram” e dos nômades muçulmanos Fulanis.
Os nômades Fulanis e o Boko Haram representam para os cristãos na Nigéria um grande perigo.
Cerca de 15.500 cristãos foram mortos por ataques terroristas destes grupos entre 2006 e 2016; e cerca de 13.000 igrejas foram destruídas no país, informou a organização americana, Christian Solidarity Worldwide.
Só em 2015, mais de 4.000 pessoas foram mortas. A maioria das mortes é resultado de assassinatos cometidos pelo grupo terrorista Boko Haram, que é principalmente ativo nos estados do norte do país africano.
E em 2018, mais de 1.700 cristãos foram mortos por terroristas muçulmanos Fulanis no país.
Notícias de atrocidades com estas proporções que acontecem na Nigéria, deveriam receber uma maior atenção da comunidade internacional. Proporcionando então, a pressão necessária sobre as lideranças mundiais, para que decisões concretas sejam tomadas, trazendo alívio aos perseguidos por sua fé neste país.
No entanto, a comunidade internacional não tem mostrado interesse em interferir nessas horrendas atrocidades, que causam a morte de milhares de cristãos na Nigéria, há duas décadas.
Sharia
Embora a Nigéria seja, há quase 40 anos, constitucionalmente um Estado secular, com liberdade de religião consagrada na constituição; a elite governante do Norte vem dando tratamento preferencial aos muçulmanos e discriminando os cristãos.
Desde 1999, a sharia (conjunto de leis islâmicas) está imposta em doze estados do Norte do país. Esta elite islâmica do Norte, é a principal responsável pela introdução da sharia nestas doze províncias.
Fulani
Nos estados centrais da Nigéria, os pastores nômades muçulmanos do povo Fulani são conhecidos por matar e expulsar cristãos.
O conflito na Nigéria entre os muçulmanos Fulanis e os agricultores cristãos é de cunho étnico-religioso, mas também envolve um motivo econômico: o uso das terras.
O conflito assumiu dimensões religiosas e étnicas perigosas; em razão da maioria dos pastores de rebanhos pertencer aos fulanis muçulmanos, tradicionalmente nômades; enquanto a maioria dos agricultores são cristãos de diferentes etnias.
Boko Haram
O grupo foi fundado em 2002 por Ustaz Mohammed Yusuf. Yusuf foi baleado pela polícia nigeriana, quando tentou fugir depois de participar de combates entre membros do Boko Haram e forças de segurança em Maiduguri, no estado de Borno, no norte da Nigéria, em 27 de julho de 2009.
Neste confronto, mais de 100 pessoas foram mortas nas ruas. De acordo com testemunhas oculares, as pessoas foram arrastadas para fora de seus carros e assassinadas a sangue-frio. Uma das vítimas, contou a história chocante de que 3 pastores foram decapitados por ordem de Mohammad Yusuf, porque se recusaram a se converter ao islamismo. Pouco depois desse massacre, Yusuf, aos 39 anos, foi morto. Um policial disse que ele pediu misericórdia e perdão antes de ser baleado. A televisão estatal mostrou imagens de seu corpo crivado de balas.
O sucessor de Yusuf é Abubakar Shekau, um bárbaro islâmico paranoico radical, que quer tornar a Nigéria um estado islâmico com a lei da sharia, e quer que essas leis se apliquem também aos cristãos.
Para reforçar seus planos, o Boko Haram declarou guerra a todos os cristãos no norte do país. Ele recruta seus seguidores entre os estudantes que sofreram lavagem cerebral. Sua organização é dividida em células terroristas, que têm ligações com outras organizações extremistas, como a filial norte-africana da Al-Qaeda.
Boko Haram significa “a educação ocidental é pecaminosa”. Seu inimigo é o Ocidente e os cristãos em particular.
Cronologia
Existe uma lista interminável de crimes horríveis cometidos pelo Boko Haram e pelos fulanis. Estupros, sequestros, torturas, assassinatos chocantes e escravidão é o que os cristãos na Nigéria enfrentam regularmente. Centenas de igrejas foram destruídas nos últimos anos, milhares de cristãos foram assassinados e muitos milhares fugiram.
Ano de 2010
Em janeiro de 2010, 400 pessoas foram mortas na cidade de Jos. Desde então, o exército posicionou soldados em torno da cidade, mas essa proteção acabou sendo insuficiente, porque em 28 de dezembro de 2010, outros 80 cristãos foram mortos neste local. A cidade fica na fronteira, entre o sul cristão da Nigéria e a parte norte, onde parte da população é muçulmana.
Em 7 de março de 2010, o grupo terrorista entrou na vila cristã de Dogo Nahawa, perto da cidade de Jos, matando 500 pessoas, incluindo principalmente mulheres e crianças. Segundo testemunhas oculares, as ruas estavam cheias de cadáveres. Os terroristas atiraram nos cristãos em fuga, após incendiarem suas casas.
Na cidade de Kano, os terroristas foram às ruas e mataram todos os cristãos que encontraram. Casas de cristãos e não menos que 30 igrejas foram destruídas pelo fogo. 30.000 cristãos perderam suas casas e pelo menos 1.750 cristãos foram brutalmente assassinados, incluindo 10 pastores.
Na aldeia de Vaase, 1.200 civis foram mortos por soldados islâmicos. De acordo com o líder norte-africano da Al Qaeda, Abdelmalek Droukel, os cristãos são “a causa” da violência e anunciaram uma “guerra cruzada”.
Em 28 de dezembro de 2010, outros 80 cristãos foram mortos na redondeza de Jos. O então secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o assassinato como “um caso lamentável de violência” e, claro, falou de 38 mortes, sem mencionar que os autores eram militantes muçulmanos e que os mortos eram cristãos.
Ano de 2011
Em 20 de novembro de 2011, 45 cristãos foram mortos por soldados muçulmanos. Os ataques começaram na província do Estado de Plateau, no centro da Nigéria, com o roubo de gado dos pastores cristãos.
A organização internacional Portas Abertas, informou que na cidade de Barakin Ladi, muitas pessoas foram mortas. Muçulmanos armados invadiram as casas dos cristãos e atiraram. Muitos cristãos conseguiram fugiram.
O Boko Haram também destruiu 8 igrejas na cidade de Geidam, no nordeste da Nigéria. Quatro policiais também foram mortos e um estrago foi feito em uma praça do mercado.
No Natal de 2011, o Boko Haram semeou morte e destruição em um grande ataque a uma igreja nos subúrbios da capital Abuja. Pelo menos 35 pessoas foram mortas. Igrejas em Jos e Gadaka também sofreram ataques.
Ano de 2012
Em 21 de janeiro de 2012, 140 pessoas morreram em uma série de ataques de Kano, e outras 58 pessoas foram mortas em um ataque suicida em Kaduna, durante a Páscoa daquele ano.
Em 17 de junho de 2012, uma série de ataques a bomba em cinco igrejas no país, deixando 45 mortos e 150 feridos. Segundo testemunhas oculares, as igrejas afetadas estavam lotadas durante os ataques.
Em 21 de outubro de 2012, outros 31 cristãos foram assassinados em Potiskum. Centenas de cristãos fugiram de suas casas depois de três dias de ataques a igrejas e outros alvos.
No domingo de 25 de novembro de 2012, houve outro ataque suicida contra uma igreja em um local militar no norte da Nigéria, onde 11 pessoas perderam a vida e 30 pessoas ficaram feridas. Um porta-voz do exército nigeriano disse que os terroristas entraram no quartel em Jaji, no estado de Kaduna, em dois veículos-bomba, onde os membros de uma igreja protestante se reuniam.
Em 2 de dezembro de 2012, terroristas do grupo Boko Haram assassinaram 10 cristãos em Chibok, nordeste da Nigéria, e também incendiaram suas casas.
Na véspera de Natal de 2012, uma igreja no norte da Nigéria foi atacada e 6 pessoas, incluindo o pastor, foram mortos. Segundo um morador de Peri, o grupo invadiu a igreja na aldeia durante o culto de Natal. Depois que eles atiraram nos seis, eles incendiaram o prédio.
Em 28 de dezembro de 2012, na vila de Musari, no nordeste da Nigéria, membros do Boko Haram invadiram as casas dos cristãos e surpreenderam suas vítimas que dormiam, matando 15 cristãos, cortando suas gargantas. Das 52 igrejas católicas, 50 foram destruídas pelo Boko Haram.
Ano de 2013
Em 19 de março de 2013, 60 pessoas foram mortas em um bairro cristão, na cidade de Kano, devido a um ataque suicida em uma série de ônibus. No momento em que os ônibus lotados deixaram a rodoviária, uma pessoa em um Golf Volkswagen veio na direção oposta e bateu nos ônibus, após uma enorme explosão, cinco ônibus foram totalmente destruídos. Das 60 vítimas, não sobrou muito mais do que cinzas. Vários sobreviventes foram levados para um hospital com queimaduras graves.
Em 6 de julho de 2013, membros do Boko Haram matam 30 estudantes e um professor em um ataque terrorista em uma escola com 1.200 alunos na cidade de Mamudo, no nordeste da Nigéria. Algumas vítimas foram queimadas vivas. Os pais se desesperaram quando viram os corpos de seus filhos crivados de balas e queimados. Alguns corpos foram queimados para que não pudessem ser identificados. Dos 1.200 estudantes, dezenas conseguiram escapar do massacre, fugindo para uma floresta próxima.
Escolas na Nigéria têm sido alvos do movimento terrorista há anos. Após este massacre, o governo nigeriano abriu uma ofensiva para rastrear os terroristas.
Na época, o então secretário de Estado dos EUA, John Kerry, apelou ao governo nigeriano para ser cauteloso e não “violar os direitos humanos”. Segundo o globalista Kerry, os jihadistas muçulmanos não são os “verdadeiros” representantes do Islã.
Mas de acordo com Bill Warner, crítico e fundador do Centro de Estudos de Política Islâmica, o Boko Haram é o verdadeiro Islã. Na época, Bill afirmou: “Kerry chama o Islã de ‘uma boa religião’, mas, na realidade, é simplesmente surpreendente o que os grupos muçulmanos fazem todos os dias em um grande número de lugares no mundo”.
Em 29 de julho de 2013, extremistas desta “bela” religião explodiram quatro bombas em duas igrejas em Kano; 45 pessoas foram mortas.
Em 29 de agosto de 2013, extremistas muçulmanos atiraram em 5 cristãos, em uma emboscada ao longo da estrada, perto da cidade de Jos. As vítimas eram membros de uma congregação pertencente à Igreja de Cristo nas Nações (COCIN) nas proximidades de Foron. Eles tiveram que sair de sua van e foram forçados a deitar no chão e depois foram assassinados.
O exército nigeriano relatou ter matado 50 terroristas do Boko Haram em 7 de setembro de 2013. O ataque ocorreu depois que muçulmanos armados mataram vários cristãos, incluindo uma família inteira. Sete deles e dois outros cristãos foram mortos na aldeia do Norte de Adu, onde milhares foram expulsos de suas casas e forçados a deixar suas aldeias.
Na época, foi exercida pressão sobre o governo da Nigéria, para que fornecesse proteção aos cristãos e acabasse com os ataques do Boko Haram e de organizações militantes islâmicas relacionadas.
Em 29 de setembro de 2013, 50 estudantes foram mortos em um tiroteio em um campus universitário em Gujba, na província de Yobe. Extremistas do movimento terrorista Boko Haram abriram fogo nos dormitórios da Faculdade de Agricultura, quando os estudantes estavam dormindo e as salas de aula foram incendiadas. Cerca de 1.000 estudantes conseguiram escapar.
Em 15 de novembro de 2013, uma família cristã foi atacada por muçulmanos em casa. Joel Pam, sua esposa e dois de seus filhos, Jephtah, de 2 anos, e Joseph, de 4 anos, foram massacrados. Duas outras crianças, Susannah, de 10 anos, e Alfa, de 15 anos, ficaram feridas e foram internadas no hospital. Pouco antes disso acontecer, outra família cristã havia passado pelo mesmo destino.
Em 26 de novembro de 2013, 71 cristãos foram assassinados em quatro lugares diferentes na Nigéria. Além disso, vários ficaram feridos e tiveram suas casas destruídas.
Ano de 2014
O Boko Haram matou pelo menos 3.750 civis somente em 2014.
Em 27 de janeiro de 2014, 62 pessoas foram mortas no nordeste da Nigéria. Entre as vítimas estavam 22 cristãos em uma igreja católica em Waag Chakawa.
Segundo testemunhas, bombas foram disparadas na igreja e os agressores abriram fogo contra os frequentadores da igreja. Uma testemunha que sobreviveu ao ataque, disse que a aldeia de Waga Chakawa foi atacada por uma gangue de cerca de 50 homens. Durante o ataque de uma hora, casas foram incendiadas e pessoas foram feitas reféns.
Ao mesmo tempo, outro ataque terrorista ocorreu na aldeia de Kawuri, também no nordeste da Nigéria, onde 40 pessoas morreram.
Na noite de 15 de fevereiro de 2014, na aldeia predominantemente cristã de Izghe, no estado de Borno, ocorreu massacre em massa do Boko Haram. 106 cristãos foram mortos, incluindo mulheres e crianças, também deixando muitos feridos.
Segundo uma testemunha ocular, mais de 200 homens armados em uniformes militares atacaram os cristãos. Os agressores entraram na aldeia por volta das 21:30h em seis caminhões, alguns deles em motocicletas, e depois foram às casas buscar pessoas que tentavam se esconder. Eles levaram todos os homens a um determinado local, onde foram posteriormente assassinados.
Um fazendeiro da aldeia disse que ele escapou do massacre, porque conseguiu pular a cerca de sua casa e fugir se arrastando por 40 minutos. Centenas de pessoas conseguiram fugiram da aldeia.
Em 24 de fevereiro de 2014, 59 estudantes entre 11 e 18 anos foram mortos em um ataque em um internato em Buni Yadi, na província de Yobe, por cerca de 50 terroristas do Boko Haram. O internato foi incendiado enquanto os estudantes ainda dormiam. Alunos que tentaram escapar pelas janelas, foram apanhados e suas gargantas cortadas.
Segundo um porta-voz da polícia, alguns alunos foram irreconhecíveis mutilados e desfigurados. Alguns que conseguiram escapar, fugiram para a floresta próxima, mas lá foram baleados.
Empregados de um hospital na área disseram ter encontrado cadáveres na floresta, com ferimentos de bala. Todos os 24 prédios da escola foram destruídos pelo fogo. Os agressores fugiram antes da polícia chegar.
No dia 11 de abril de 2014, houve outro ataque em massa, cometido pelo Boko Haram. Nada menos que 217 pessoas foram mortas em cinco aldeias no estado de Borno, no nordeste do país.
Na cidade de Kala Balge, 60 pessoas morreram em Dikwa, e 150 vítimas também foram mortas em outras três aldeias, disse o senador nigerioano, Ahmed Zanna.
Em 14 de abril de 2014, um atentado a bomba duplo em uma estação de ônibus na capital nigeriana Abuja, custou a vida de 71 pessoas. Mais de 120 pessoas ficaram feridas.
Duas explosões atingiram a rodoviária lotada nos arredores da capital, Abuja, quando muitos passageiros embarcaram em um ônibus ou esperaram um táxi ir para ir ao trabalho. Testemunhas disseram que partes quebradas de corpos voaram pelo ar e que houve grande pânico.
“Eu nunca vi nada assim em minha vida. Foi realmente horrível. Corremos juntos no meio de uma grande confusão”, disse uma dessas testemunhas ao jornal nigeriano Premium Times.
No mesmo dia 14 de abril de 2014, o Boko Haram invadiu uma escola secundária para meninas na aldeia de Chibok, no estado de Borno. As alunas predominantemente cristãs que estavam fazendo os exames foram carregadas em caminhões e levadas para uma área remota ao longo da fronteira com os Camarões.
A gangue terrorista ameaçou então vender as 276 garotas presas como escravas pelo equivalente a 9 euros cada. Então o líder Abubakar Shekau veio com a proposta de trocar as meninas por extremistas presos do Boko Haram. Mas sabe-se agora que as meninas foram forçadas ao se casarem. Nos primeiros dias após o ataque em sua escola em Chibok, algumas dezenas de meninas fugiram de seus sequestradores, mas 217 continuaram desaparecidas. No passar do tempo, outras conseguiram retornar às suas famílias, muitas grávidas ou com filhos. Atualmente, 110 ainda estão desaparecidas.
A brutalidade e pura crueldade do sequestro não só chocou a Nigéria, mas também os líderes mundiais e recebeu atenção até mesmo da extrema-mídia. Talvez, por levantar o tema de atrocidades cometidas contra o sexo feminino; que também é uma pauta merecedora de atenção. Porém, esqueceram do verdadeiro motivo do crime: a perseguição aos cristãos.
Em 15 de maio de 2014, a Time Magazine chamou as ações do Boko Haram de não-islâmicas e deliberadamente ignorou os versículos do Alcorão que tratam da escravidão sexual. O sequestro de mulheres, aparentemente teve mais impacto sobre líderes mundiais e a extrema-mídia, do que os sangrentos assassinatos durante os últimos 8 anos de Boko Haram na Nigéria, até o então sequestro.
No início de maio de 2014, o Boko Haram invadiu a cidade de Gamborou Ngala e matou cerca de 300 cristãos. Os grupos terroristas invadiram a cidade com carros blindados e semearam morte e destruição por 12 horas. Muitas pessoas ficaram feridas. Segundo um senador da região, quase todas as casas e lojas da cidade foram incendiadas.
Em 20 de maio de 2014, várias bombas explodiram na cidade de Jos e pelo menos 118 pessoas morreram.
Em 15 de julho de 2014, as forças de segurança nigerianas prenderam Mohammed Zakari, que é conhecido como um dos combatentes mais cruéis do Boko Haram. Zakari seria responsável por vários assassinatos e a polícia espera que uma possível confissão do líder leve a mais detenções.
No dia 1 de setembro de 2014, o Boko Haram conquistou a cidade de Bama, no nordeste da Nigéria e milhares de civis e soldados fugiram da cidade.
Em 7 de setembro de 2014, centenas de cristãos na cidade de Michika, na província de Adamawa, foram mortas por terroristas fortemente armados do Boko Haram, que invadiram a cidade. A cidade tem cerca de 150.000 habitantes, 99% dos quais são cristãos, e está localizada no nordeste da Nigéria.
Os membros do Boko Haram entraram na cidade e se dividiram em grupos menores. Eles esperaram a reunião começar, cercaram a igreja e apressaram-se em atirar. Testemunhas oculares afirmam, que dezenas de pastores que se recusaram a deixar o prédio da igreja morreram baleados a sangue frio. Moradores da cidade de Michika fugiram em massa para uma área montanhosa próxima, mas foram perseguidos pelo Boko Haram, e 45 foram mortos a tiro.
Em 2014, o Boko Haram cruzou a fronteira, iniciando a perseguição dos cristãos e a destruição de igrejas também no Camarões. Atacaram aldeias onde eles assassinaram os cristãos.
Em 2 de setembro de 2014, o exército do Camarões matou 40 membros fortemente armados do Boko Haram; disseram que queriam atravessar a fronteira em Fotokol, vindos da Nigéria.
Segundo o Ministério da Defesa dos Camarões, os combates duraram 3 horas. A cidade fronteiriça camaronense de Fotokol e a aldeia nigeriana de Gamboru Ngala, ocupada por islamitas radicais, são separadas apenas por uma ponte.
Em 2 de outubro de 2014, o Boko Haram mostrou um vídeo com um piloto nigeriano sendo decapitado. Partes de uma aeronave queimada foram mostradas no final do vídeo.
Dois pilotos e uma aeronave da Força Aérea da Nigéria estão desaparecidos desde 11 de setembro, quando bombardearam o Boko Haram perto da cidade de Yola, no nordeste da Nigéria.
Esta, foi a primeira vez que o Boko Haram derrubou um avião e forneceu evidências disso. Antes da decapitação, o piloto se apresenta como o comandante da força aérea nigeriana e diz que não sabe o que aconteceu com seu copiloto.
Em 25 de novembro de 2014, duas mulheres-bomba suicidas do Boko Haram mataram pelo menos 30 pessoas. Os coletes com explosivos estavam escondidos sob o véu, informou o porta-voz da guarda civil local, Abba Aji Kalli. O ataque ocorreu em um mercado movimentado na cidade nigeriana de Maiduguri.
Em 2014, o Boko Haram distribuiu em redes sociais um vídeo, que mostra cidadãos crivados com balas, caídos no chão de uma sala. Haviam tantas vítimas, que os assassinos tiveram dificuldade em passar por cima dos cadáveres, para matar os que ainda mostravam um sinal de vida.
“É assim que a partir de agora vamos lidar com todos os ataques e prisões de incrédulos”, disse o líder islâmico no vídeo.
“De agora em diante, matar, massacrar, destruir e explodir é nosso dever religioso, quando invadimos algum lugar”, completou o mesmo.
A publicação do vídeo aconteceu dias depois que os moradores relataram, que o Boko Haram havia feito um massacre em duas escolas em Gwoza, no nordeste da Nigéria.
Em 2015
Em janeiro de 2015, um vídeo apareceu e provavelmente foi gravado em novembro de 2014. Este vídeo mostra como terroristas do Boko Haram executam homens nigerianos. Não está claro se eles são cristãos ou homens que foram executados, porque se recusaram a se juntar ao Boko Haram. (Cuidado: O vídeo contém cenas fortes de violência)
Em 8 de janeiro de 2015, o Boko Haram matou 2.000 pessoas na Nigéria. Os matadores de Allah, do Boko Haram, invadiram a cidade de Baga, no nordeste da Nigéria e massacraram todos os “não-crentes” no Alcorão.
Um oficial do governo nigeriano informou, que os terroristas do Boko Haram incendiaram quase completamente a cidade de Baga. Segundo testemunhas oculares, as ruas estavam cheias de cadáveres. Durante este horrível massacre, até uma mulher prestes a dar à luz de um menino foi assassinada. A cidade, com uma população de 10.000 pessoas originalmente, é praticamente exterminada.
“Centenas de milícias, armadas com Kalashnikovs, dirigiram pelas ruas e começaram a atirar e a arremessar aleatoriamente granadas”, disse Auda Labo, a chefe da cidade, ao jornal nigeriano Premium Times.
Os cristãos na Nigéria sabem muito bem a bestialidade dos terroristas da “religião da paz”. Mesmo assim, eles nem sequer pensaram que esses abomináveis mandariam uma menina de 10 anos, com um cinturão de bombas, para um mercado na cidade de Maiduguri. Este ataque, matou 19 pessoas em 10 de janeiro de 2015. Presumivelmente, a criança não sabia que estava carregando uma bomba. Um detector de metal teria descoberto o cinturão, quando a menina foi revistada.
Em julho de 2015, terroristas do Boko Haram cortaram as gargantas de 16 pescadores cristãos, na região de Borno, na Nigéria.
Em 18 de agosto de 2015, cerca de 150 pessoas foram mortas na província de Yobe, quando membros do Boko Haram invadiram uma cidade remota. A maioria dos moradores, especialmente mulheres e crianças, correu em direção ao rio em pânico. As vítimas tentaram escapar pelo rio, mas se afogaram ou foram baleadas.
Em 2016
Em abril de 2016, a organização Christian Solidarity Worldwide (CSW) informou que os pastores de rebanho islamitas Fulanis, mataram 500 pessoas no estado nigeriano de Benué, em ataques a aldeias habitadas principalmente por cristãos. Escolas, igrejas e delegacias de polícia foram incendiadas. Os nômades fulanis viajam com seus rebanhos de gado em busca de pastagens. Além disso, colidem regularmente com agricultores estabelecidos, que às vezes bloqueiam as rotas migratórias dos nômades para proteger seu gado, campos, plantações e água.
Em 2017
Em setembro de 2017, pelo menos 11 pessoas foram mortas por combatentes do Boko Haram, em um ataque a um campo de refugiados, na cidade de Banki, sudeste da cidade de Maiduguri, no estado de Borno.
De abril a setembro de 2017, um surto de ataques de combatentes do Boko Haram causou quase 400 mortes desde abril na Nigéria e em Camarões.
O uso crescente de homens-bomba, muitas vezes mulheres jovens e meninas forçadas a portar e detonar explosivos em áreas lotadas, matou pelo menos 381 civis nos dois países, informou o grupo da Anistia Internacional em comunicado divulgado em setembro de 2017.
Desde abril de 2017, pelo menos 223 civis morreram na Nigéria, ressaltando que o número real de vítimas pode ser muito maior. E na vizinha Camarões, pelo menos 158 civis morreram nos ataques do Boko Haram, número quatro vezes maior do que nos cinco meses anteriores.
Entre maio e agosto de 2017, sete vezes mais civis foram mortos do que nos quatro meses anteriores, enquanto 100 civis foram mortos somente em agosto.
Em junho de 2017, aconteceu o ataque mais violento, na cidade de Waza, 16 civis foram mortos e pelo menos 34 ficaram feridos, depois que uma jovem foi forçada a transportar e detonar uma bomba, em um casa de videogames lotada.
Em agosto de 2017, Boko Haram atacou um campo de refugiados, na cidade de Mandarari, no estado de Borno, cerca de 30 pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas.
Em 2018
Em 23 de janeiro, a organização internacional Portas Abertas, divulgou um relatório sobre a limpeza religiosa no estado de Kaduna. Os pastores fulanos mataram mais de 700 cristãos em um ano e meio.
No final de janeiro e início de fevereiro de 2018, os Fulanis atacaram as aldeias, como a de Rafiki e Jebbu Bassa, Jebbu-Miango, Tafi Gani, Ariri, Nzhweego e Kpala, resultando em 75 cristãos mortos e 3.000 aldeões se refugiaram em familiares das aldeias próxima. Um total de 14 aldeias foram atacadas e mais de 100 casas foram destruídas pelo fogo.
Os líderes políticos locais não tomam iniciativa para proteger os aldeões dos fulanis, pois temem que sejam condenados pelo Presidente Muhammadu Buhari, que é de origem fulani, de Daura, no norte da Nigéria.
No primeiro semestre de 2018, nada menos que 6.000 cristãos foram mortos por muçulmanos na Nigéria, de acordo com o Portas Abertas.
Em 2019
Desde fevereiro deste ano, terroristas muçulmanos de milícias do povo nômade Fulani mataram 120 pessoas em comunidades de agricultores cristãos, de acordo com a organização Christian Solidarity Worldwide (CSW), com base nos Estados Unidos.
No dia 4 de fevereiro, 15 pessoas foram assassinadas em ataques coordenados contra 6 vilarejos na região de Mada. E no dia seguinte, terroristas armados assassinaram 26 pessoas no estado de Zamfara, no noroeste da Nigéria. Outras 11 pessoas foram mortas em outro ataque no vilarejo de Batauna, na área de Bukkuyum.
No dia 10 de fevereiro, o vilarejo de Ungwan Barde foi atacado, resultando em 17 mortes e dezenas de casas queimadas. No final do mesmo mês, outro ataque em Maro 38 cristãos foram mortos e casas e uma igreja foram queimadas.
Neste mês de março, terroristas fulanis invadiram as aldeias de Inkirimi, Dogonnoma e Ungwan Gora, na região de Kajuru, destruíram 143 casas, mataram 52 pessoas e feriram dezenas. Na aldeia de Ungwan Barde, na mesma região, 17 cristãos foram mortos e dezenas de casas incendiadas.
Os terroristas se dividiram em três grupos. O primeiro grupo foi o responsável pelo tiroteio; o segundo, incendiou edifícios; e o terceiro, impediu que as pessoas fugissem. Mulheres e crianças também estavam entre as vítimas.
Na primeira semana deste mês, militantes fulanis assassinaram 32 cristãos na vila de Karamar, onde casas e uma igreja foram queimadas.
Comunidade internacional
Embora o Boko Haram estivesse na lista de terroristas do Departamento de Relações Exteriores dos EUA, o governo do ex-presidente Barack Obama, criticou e ameaçou o governo nigeriano em 2013 com sanções, se não parasse de lutar contra o Boko Haram e também ameaçou parar a ajuda militar.
A simpatia de Obama pelo Islã foi tão longe, que os representantes do governo nos Estados Unidos, por ordem dele, foram proibidos de associar as palavras “islamismo” e “muçulmanos” com “terror”.
Já o atual presidente americano Donald Trump, classificou o assassinato de cristãos na África, como um problema muito sério, durante seu encontro com o presidente da Nigéria, Buhari, em abril de 2018, na Casa Branca.
“Vamos trabalhar, e trabalhar muito nesse problema, porque não podemos permitir que isso aconteça”, disse Trump.
Trump discutiu os esforços para proteger as pessoas de fé na África e seus locais de culto de serem queimados. Porém, nenhuma mudança efetiva aconteceu após o encontro entre os presidentes.
Na Europa, apenas em 2014, o Parlamento Europeu inseriu o Boko Haram na lista de terroristas de seu continente.
Esta longa tolerância do Boko Haram pela comunidade internacional, transformou o grupo terrorista, em um monstro indomável.
De acordo com a organização internacional Portas Abertas, a Nigéria se classificou em 12º lugar na Lista Mundial da Perseguição de Cristãos em 2019. No ano anterior, ela estava em 14º, refletindo um aumento diário da pressão na vida dos cristãos, que vivem em comunidades predominantemente muçulmanas no país.
Terror Islâmico
Não apenas na Nigéria, o terror do mundo islâmico, está se espalhando pelo mundo à velocidade da Peste Negra medieval. Das Filipinas para a China, do Afeganistão para Gaza, do Sudão para os Camarões, na Síria e no Iraque: em todos os lugares o islã tem levado o terror e a morte.
Entretanto, observamos a mídia, passando a imagem política e elogiada do islã, como “a religião da paz”, mesmo a realidade nos mostrando uma religião genocida, mortal e racista.
A comunidade internacional dificilmente tem prestado a merecida atenção a esses crimes hediondos. Qual será o motivo da inércia dos líderes mundiais; e de não tomarem atitudes eficazes contra essas gravíssimas atrocidades cometidas pela “religião da paz”?
Papel do Brasil
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Brasil tem se mostrado ativo, não apenas no âmbito nacional, como também no internacional. Novos temas como juventude, mulheres, família, igualdade racial e questões indígenas estão sendo abordados e projetos de cooperação internacional estão sendo implementados.
Neste cenário atual, o Brasil está sendo observado pela comunidade internacional. O respeito e os ouvidos estão se voltando para nossa nação, como aconteceu no mês passado, quando a ministra Damares discursou no Conselho da ONU.
Esta atenção voltada para nossa nação, poderia ser utilizada para trazer em pauta, com peso de urgência, o grande sofrimento do povo cristão na Nigéria.
Há um povo enfrentando uma grande perseguição e sendo dizimado gradativamente, que depende do apoio e da intervenção da comunidade internacional, nesta luta desproporcional e injusta.
A boa vontade política internacional, seria a peça-chave para direcionar o combate dessas atrocidades que não cessam na Nigéria.
Infelizmente, o governo nigeriano já escolheu o seu lado, e pouco interesse mostrou em mudar o cenário. Quem ouvirá o choro deste povo?
Agradecimento especial: Colunista Francisco Teodorico, que deu nome a esse artigo.