Neste último domingo, 11, milhares de cidadãos saíram às ruas para exigir o fim da ditadura esquerdista em Cuba. O avanço da crise sanitária da Covid-19 e a situação econômica, a pior em 30 anos, motivaram as marchas que ocorreram na capital Havana e em outras cidades.
Sob o lema de “abaixo a ditadura” e “pátria liberdade”, manifestantes rejeitam medidas de lockdown, além de protestarem contra o fechamento da economia e repudiarem a falta de abastecimento alimentício.
Nas redes sociais, há relatos de que a tirania cubana esteja realizando uma série de cortes de eletricidade na ilha, adotando também o corte da internet.
No Facebook e Twitter, por exemplo, fotos e vídeos registrando o cenário caótico não param chegar.
A mobilização espontânea evidencia a força popular dos cubanos, inconformados com o regime sanguinário que prevalece no poder.
Em rede nacional, o primeiro-secretário do Partido Comunista do país, Miguel Díaz-Canel, acusou os Estados Unidos de serem os organizadores dos protestos.
“Estamos convocando todos os revolucionários, todos os comunistas, a irem às ruas onde existirem esforços para produzir essas provocações”, anunciou o líder extremista.
De acordo com as agências internacionais Reuters e AFP, forças policiais têm reprimido pessoas na capital Havana, com spray de pimenta e cassetetes.
Há relatos, inclusive, de prisões ilegais, brigas e tumultos. Também circula na internet imagens que mostram carros revirados.
Informações primárias apontam que os protestos começaram no povoado de San Antonio de los Baños, vizinho de Havana, com cerca de 50 mil habitantes. O ato ganhou força e se alastrou pela ilha caribenha.