O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, ficou nesta sexta-feira (10) um passo mais próximo de enfrentar as acusações criminais nos Estados Unidos, de violar leis de espionagem e conspirar para invadir computadores do governo, depois que a Casa Branca venceu uma apelação por sua extradição em um tribunal inglês.
Autoridades americanas imputam ao australiano, de 50 anos, 18 acusações relacionadas à divulgação de grandes quantidades de registros militares confidenciais e cabos diplomáticos que o país alega terem colocado vidas em perigo.
Os apoiadores de Assange o retratam como um herói antissistema, vitimado pelos EUA por expor erros do país no Afeganistão e no Iraque.
Os americanos venceram uma apelação contra o veredito de um juiz de Londres, segundo o qual Assange não deveria ser extraditado porque provavelmente cometeria suicídio em uma prisão dos Estados Unidos. Cabe recurso.
Assange, que nega qualquer irregularidade, não estava no tribunal. Ele continua na prisão londrina de alta segurança de Belmarsh, onde encontra-se detido há mais de dois anos e meio.
Procuradores dos EUA e autoridades de segurança ocidentais o veem como um inimigo do Estado irresponsável e perigoso, cujas ações puseram em risco a vida de agentes mencionados no material vazado.