A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, pediu sua libertação da prisão, nesta última quarta-feira (21), para ser internada em um hospital por recomendação de um relatório médico divulgado na terça (20). O relatório afirma que ela “requer hospitalização imediata” após sofrer uma infecção urinária grave.
A equipe de Áñez apresentou um pedido de “saída judicial” devido ao estado de saúde da ex-mandatária, que segundo a própria defesa em comunicado, lamenta que o pedido não tenha sido recebido ainda na terça, “apesar da urgência da situação.”
A ex-presidente sofre de uma infecção urinária grave, de acordo com um laudo médico elaborado por especialistas contratados por sua família, após terem sido informados no dia anterior que ela apresentava hiperventilação, síndrome febril e dores agudas de estômago.
“Caberá ao juiz Armando Zeballos manifestar-se a respeito dos Direitos Humanos e acatar o pedido do especialista”, concluiu a equipe de Áñez, em nota.
Ela está presa desde 13 de março. A ex-presidente e os membros de seu gabinete são acusados falsamente de “sedição e terrorismo” e de um “golpe de Estado” que nunca existiu, quando o socialista Evo Morales teve que renunciar ao cargo, após descobertas da fraude eleitoral em seu favor em 2019.
A perseguição ordenada pelo Movimento pelo Socialismo, partido do ex-presidente Morales, contra os membros do governo provisório da Bolívia, é um escândalo internacional. Foram tantos os abusos que autoridades de vários países se pronunciaram sobre o assunto, e até mesmo o secretário da Organização das Nações Unidas (ONU).