Internacional

Hungria rejeita críticas da esquerda sueca: "Fatos falsos e argumentos enganosos"

A eurodeputada sueca e esquerdista Heléne Fritzon criticou fortemente o governo da Hungria em um artigo para o jornal Aftonbladet. Ela alegou que não há mulheres no governo húngaro e que a proporção de mulheres no parlamento caiu. Segundo Fritzon, o governo de Orbán “paga as mulheres para terem mais filhos”.

A embaixadora da Hungria em Estocolmo, Adrien Müller, também respondeu em um artigo para o Aftonbladet. “Fritzon destacou a Hungria com animosidade e erroneamente e de propósito usa fatos falsos e argumentos enganosos”, disse a diplomata.

Na verdade, Müller lembrou que existem duas mulheres no governo – a ministra da Justiça, Judit Varga, e a ministra sem pasta, Andrea Bartfai-Mager – e que a proporção de mulheres no governo aumentou desde 2010.

Em relação às críticas de Fritzon ao plano de ação pró-família, a embaixadora escreveu: “Se ela se refere aqui ao pacote de políticas familiares introduzido pelo governo húngaro que oferece mais oportunidades e apoio ao equilíbrio entre trabalho e vida familiar de mulheres e famílias, ela não entende o básico dessas medidas. Assim, seria melhor se ela não comentasse nada “.

Müller enfatizou que o governo “está comprometido em apoiar as famílias e esta é a sua resposta aos desafios demográficos, em vez de aumento da imigração ou cotas obrigatórias de migrantes, que são tão apoiadas pelo governo sueco”.

A ministra da Justiça, Judit Varga, também respondeu à esquerdista Fritzon com um tweet: “De acordo com Heléne Fritzon, eurodeputada sueca Sócio-Democrata e membro do Comitê dos Direitos da Mulher e Igualdade de Gênero do Parlamento Europeu, não há mulher no governo Húngaro. Senhora Fritzon, como uma das ministras do governo Húngaro, não posso compartilhar suas preocupações”.

En seguida, Judit se encontrou com a embaixadora Müller e postou uma nova declaração no Twitter: “Encontrei hoje a embaixadora Adrien Müller em Stockholm, que também reagiu à declaração de Heléne Fritzon sobre a total falta de mulheres no Governo húngaro. Nós duas concordamos que os fatos são contrários e acusações infundadas devem ser rejeitadas”.