Nesta segunda-feira (2), os EUA e a Polônia assinaram um acordo de cooperação para a nova tecnologia 5G, à medida que crescem as preocupações com a gigante chinesa de telecomunicações Huawei. O vice-presidente Mike Pence e o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki assinaram o acordo em Varsóvia, onde Pence está substituindo o presidente Donald Trump, que interrompeu sua viagem no último minuto, por causa do furacão Dorian.
Novo acordo
A Polônia disse que o novo acordo com os EUA não excluirá nenhuma empresa ou equipamento específico de nenhum país. No entanto, afirmou que a segurança e a cooperação com os EUA serão um aspecto central.
“O acordo assinado, é uma declaração geral para as necessidades de segurança e cooperação futura”, disse uma autoridade polonesa, que pediu anonimato, à Reuters.
Ambos os países se comprometeram a se basear nos princípios desenvolvidos por autoridades de segurança cibernética de dezenas de países, em uma cúpula em Praga, no início deste ano, para combater ameaças e garantir a segurança da próxima geração de redes móveis.
O acordo EUA-Polônia declara: “Proteger essas redes de comunicação de próxima geração contra interrupções ou manipulações e garantir a privacidade e as liberdades individuais dos cidadãos dos Estados Unidos, Polônia e outros países são de vital importância”.
Pence, falando em uma entrevista coletiva com o presidente polonês Andrzej Duda, disse esperar que a declaração dê um “exemplo vital para o resto da Europa na questão mais ampla do 5G”.
Espionagem chinesa
Os EUA têm alertado os aliados a proibir a chinesa Huawei nas redes 5G, devido a preocupações de que o governo chinês possa forçar a empresa a dar acesso a dados para espionagem cibernética.
Nesta segunda-feira (2), Marc Short, chefe da equipe de Mike Pence, citou a Huawei pelo nome em um comunicado que pedia aos outros países que garantissem que apenas fornecedores confiáveis tenham acesso às suas redes em desenvolvimento.
“Devemos permanecer juntos para impedir que o Partido Comunista Chinês use subsidiárias como a Huawei, para coletar informações e apoiar os serviços de segurança militar e estatal da China – com nossa tecnologia”, disse Short, durante uma entrevista coletiva.
Lista negra
No início deste ano, o Departamento de Comércio dos EUA colocou em sua lista negra, a gigante tecnológica chinesa Huawei e cerca de 70 de suas afiliadas, que só poderiam manter relações comerciais com empresas americanas, após uma aprovação do governo americano.
O Partido Comunista Chinês (PCC) e a Huawei negam veementemente essa alegação. Porém, isso não impediu a Polônia de rejeitar o uso de equipamentos da Huawei para sua nova geração de redes 5G.