O governo da China pediu aos cidadãos que estoquem suprimentos de necessidades diárias, além de determinar que autoridades tomem medidas para garantir o abastecimento adequado de alimentos.
O comunicado surge em um cenário em que o país busca implementar medidas ainda mais rígidas para conter o novo aumento de Covid-19.
A China registrou 92 novos casos da doença na segunda-feira (1º), passando a ser classificado como o maior patamar desde meados de setembro. Em consequência disso, restringiu algumas viagens interprovinciais, além de aumentar os testes e exigir que reuniões sociais como casamentos e banquetes sejam adiados.
Desde 2020, o país segue mantendo as fronteiras fechadas, adotando uma gestão de quarentena nas chegadas.
O site do Ministério do Comércio acenou para “as famílias a armazenarem uma certa quantidade de produtos de necessidade diária conforme necessário para atender a vida cotidiana e emergências”.
Apesar do comunicado, o órgão governamental não chega a mencionar uma eventual escassez de alimentos, seja ela por desabastecimento ou por interrupções geradas por aumentos de casos da Covid.
É importante frisar, além disso, que o alerta do governo chinês vem à tona diante de um forte aumento interno no preço dos vegetais.
A imprensa local chegou a veicular listas de bens recomendados para estocar nas residências, incluindo biscoitos, produtos instantâneos, cereais e lanternas.
Na internet, por exemplo, há relatos de que, após o anúncio do governo, chineses correram para estocar arroz, óleo de cozinha e sal.
O clima de tensão fez com que veículos de mídia estatal buscassem alternativas para acalmar os ânimos.
O jornal Economic Daily, que tem aval do Partido Comunista, disse aos leitores para evitar “uma imaginação hiperativa”, assegurando que todas as ações visam cuidado para que os chineses não sejam surpreendidos com eventuais determinações, incluindo um possível longo lockdown no país.