O vereador Lucas Pavanato (PL), que recebeu a maior votação para a Câmara Municipal de São Paulo na eleição de 2024, iniciou suas atividades parlamentares antes mesmo de concluir a cerimônia de posse, realizada na quarta-feira (1º).
Durante o evento, ele coletou as assinaturas necessárias para apresentar dois pedidos de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), reunindo o mínimo de 19 apoios em cada uma, em grande parte provenientes de parlamentares alinhados à direita e ao centro.
A primeira comissão pretende investigar invasões de propriedades e terrenos na capital paulista, direcionando o foco para movimentos como o MTST e organizações similares. A segunda, chamada de CPI das ONGs, buscará apurar a atuação de entidades que prestam assistência a moradores em situação de rua, com ênfase nas atividades realizadas no centro da cidade.
No ano passado, uma iniciativa parecida foi conduzida pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que tentou criar uma CPI para examinar o trabalho de ONGs voltadas a moradores de rua. Contudo, a proposta enfrentou resistência após a criação da narrativa de ataque ao padre Júlio Lancellotti.
Desta vez, para evitar polêmicas desse tipo e avançar com a investigação, Pavanato optou por uma abordagem mais abrangente, sem individualizar alvos em sua proposta.
Embora os protocolos tenham sido formalizados, a instalação e o funcionamento das CPIs dependem da aprovação da presidência da Câmara Municipal e de articulações políticas entre os vereadores, o que também pode influenciar diretamente o desdobramento das investigações sugeridas por Pavanato.