Senadores da base governista conseguiram 28 assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar obras inacabadas da Educação e possíveis irregularidades no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) entre 2006 e 2018, período que abrange principalmente os governos comandados pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
A possível abertura de um colegiado para apurar corrupção em gestões petistas é um contra-ataque de aliados do Palácio do Planalto à investida da oposição de criar uma CPI sobre o Ministério da Educação (MEC). O autor do pedido é o senador Carlos Portinho (PL-RJ), que já apresentou o documento oficialmente à Presidência da Casa.
De 2016 a 2018, o Brasil teve na chefia do Executivo federal os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Um segundo requerimento apresentado pelo senador Luiz do Carmo (PSC-GO) sugere a criação de uma CPI para apurar desvios nos Correios. No documento, o parlamentar afirma ser necessário esmiuçar “os atos lesivos ao patrimônio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), durante os anos de 2003 a 2016”. Para ser levado adiante, é necessário o apoio de pelo menos 27 pares.
Em sua justificativa, do Carmo cita a trajetória da empresa estatal desde sua criação em 1969. “Durante esse período, os Correios foram fonte de uma série de escândalos. O mais famoso, ocorrido em 2005, deu origem ao episódio do Mensalão”, escreve.
“Em 2016, houve a operação Greenfield que investigou a gestão temerária e fraudulenta em fundos de pensão de empresas estatais, dentre eles, o Fundo de Pensões dos Correios, o Postalis”, diz outro trecho.