O Senado Federal aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que inclui, na Carta Magna brasileira, o acesso à água potável entre os direitos e garantias fundamentais.
Segundo o texto, a intenção é garantir que o fornecimento de água potável a fatias mais carentes da sociedade não seja preterido em favor de interesses econômicos.
No entendimento do autor do projeto, o então senador Jorge Viana (PT-AC), o acesso à água potável não é reconhecido como um direito fundamental e, muitas vezes, a água é considerada como bem econômico, o que exclui do seu acesso parcelas vulneráveis da população.
A PEC foi apresentada em 2018, último ano de Viana como parlamentar.
A proposta cria garantias jurídicas ao acesso universal da água e foi aprovado no Senado após a aprovação, em junho de 2020, do Marco Legal do Saneamento Básico. O texto sobre saneamento básico foi sancionado pelo presidente da República no mês seguinte e regulamentado em dezembro.
O Marco Legal do Saneamento Básico torna regra a realização de licitações para contratação de companhias de água e esgoto. Pelo novo modelo, a iniciativa privada passará a disputar as concorrências em igualdade de condições com as estatais locais, atualmente dominantes no setor.