O Senado Federal aprovou um ‘voto de censura’ a Filipe Martins, assessor especial da Presidência da República.
A decisão foi tomada após um gesto feito por ele durante audiência com o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre o combate à pandemia.
No dia, Martins alegou em seu perfil no Twitter que estava ajustando a lapela do terno. Além disso, informou que as pessoas que o acusaram de praticar um gesto de supremacia seriam processadas.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que participava da reunião por videoconferência, pediu que o caso fosse apurado pela polícia da Casa Legislativa.
“Tal gesto tem sido amplamente replicado por membros de grupos de extrema direita e por simpatizantes do movimento supremacista branco em protestos e redes sociais por todo o mundo”, disse o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que rogou o ‘voto de censura’.
Diante da repercussão, o Museu do Holocausto no Brasil afirmou que, nos Estados Unidos, o sinal é um símbolo empregado por ‘militantes de extrema-direita’.
“Recentemente, o gesto foi classificado pela ADL (Liga Antidifamação), como um sinal utilizado por supremacistas brancos para se identificarem”, justificou.
O voto de censura, na prática, não tem consequências. A medida serve como repreensão pública. Porém, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), determinou que o caso seja investigado pela Polícia Legislativa.
O Conexão Política entrou em contato com Filipe G. Martins para comentar sobre assunto, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.