A cúpula do Partido Liberal (PL) deve manter seu pedido na Justiça Eleitoral para tentar cassar o mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
A iniciativa judicial foi protocolada ainda no ano passado, após a concordância do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto.
Depois da decisão que cassou o registro de candidatura de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), alguns congressistas do PL defenderam que a ofensiva contra Moro fosse abandonada.
Apesar disso, há uma ala na cúpula no PL, ligada a dirigentes históricos da legenda, que é contrária a essa ideia de desistir da ação. O principal motivo é que, se Moro cair, há a possibilidade de o partido ter mais um representante no Senado.
O PL acusa o ex-juiz da Lava Jato de irregularidades em sua campanha, e aponta falhas na prestação de contas. As alegações são infundadas, de acordo com Moro.
O segundo colocado na corrida ao Senado pelo Paraná em 2022 foi o ex-deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL).
A expectativa da cúpula do PL é que, em uma possível cassação de Moro, a cadeira fique com Martins, aumentando a bancada do PL no Casa Alta.