A Polícia Federal indiciou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Relator da CPI da Covid, Renan é acusado de ter recebido R$ 1 milhão da Odebrecht em troca do apoio a um projeto de completo interesse da empreiteira, na época em que ele era presidente do Senado.
Enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (2), o relatório deve ser encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com a PF, há “indícios suficientes de autoria e materialidade” contra o senador envolvendo a aprovação de um projeto de resolução sobre alíquota de ICMS no Senado.
O montante teria sido pago em 2012, em dinheiro vivo, e o beneficiado teria sido um motorista de um suposto operador de Renan.
A acusação da PF é sustentada em registros internos do sistema de pagamentos de propina da Odebrecht.
Com base nisso, o sistema teria notado uma ordem de ‘recompensa’ ao motorista, no dia 31 de maio de 2012.
No entanto, em depoimento, o condutor disse ‘não se recordar’ de ter recebido qualquer mala ou dinheiro.
A defesa de Renan Calheiros, por sua vez, diz que “jamais foi encontrado qualquer indício de ilicitude” sobre o senador.