O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (5) a líderes partidários que dará sequência à abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o suposto balcão de negócios envolvendo o Ministério da Educação (MEC) e pastores amigos do ex-ministro Milton Ribeiro.
A abertura do colegiado, entretanto, deve ficar para depois das eleições de outubro. Pacheco realizará a leitura do pedido de CPI no plenário ainda esta semana, e fará o mesmo com os requerimentos para investigar o crime organizado no país e as obras inacabadas da Educação de 2006 a 2018, período que abrange principalmente as gestões do Partido dos Trabalhadores (PT).
A expectativa é que todas as CPIs sejam instaladas somente após o segundo turno do pleito, marcado para 30 de outubro, o que teria sido defendido pela maioria dos senadores que participaram da conversa com Pacheco.
“Nós ouvimos todas as manifestações de líderes partidários, e o entendimento foi nesse sentido, com o seguinte encaminhamento feito: serão feitas as leituras dos requerimentos de CPI. […] Os líderes partidários compreendem que essas indicações devem se dar para instalação das CPIs após o período eleitoral”, disse o congressista em entrevista coletiva.
“Isso [instalação após as eleições] permitirá que todos os senadores possam igualmente participar das cinco CPIs e evitar que o período eleitoral, que é naturalmente um período em que há uma politização e acaba partidarizando as discussões, contamine um processo de investigação da CPI que, necessariamente, precisa ser uma investigação minimamente isenta e imparcial”, acrescentou.