O racha entre parlamentares de direita em relação à reforma tributária continuará a se desenrolar nas próximas semanas. Após ser aprovada na Câmara dos Deputados, a matéria agora será analisada pelo Senado Federal, onde ex-membros do governo de Jair Bolsonaro (PL) acenam à proposta, que tem grandes chances de ser aprovada.
Figuras como o ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN), o ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o ex-líder do governo federal Carlos Portinho (PL-RJ) destacam a importância da medida, embora defendam alterações no texto elaborado pelos deputados federais.
A oposição contundente ao tema no Senado deve ser limitada à ala mais ideológica do bolsonarismo, representada pela ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) e pelo ex-secretário Jorge Seif (PL-SC), que já manifestaram seu voto contrário ao projeto, em consonância com o posicionamento externado pelo ex-mandatário na semana passada.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, afirma ser equivocado afirmar que o PL, seu partido, é contra a reforma tributária. Ele atribui as divergências na Câmara à falta de tempo para discutir o texto final da proposta.
Apesar da orientação contrária de Bolsonaro, 20 dos 99 deputados do partido votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras tributárias no país. A tendência é que essa falta de unanimidade no PL seja repetida no Senado.
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