Conforme noticiado por este jornal digital, o feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador, foi marcado por atos em favor de Jair Bolsonaro (PL) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta segunda (2), em entrevista à CNN Brasil, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) avaliou as movimentações em prol do governo como “legítimas” e que “transcenderam” a questão do apoio à gestão federal.
Para o parlamentar, as manifestações foram um “apoio à liberdade de expressão”, ao citar o caso de Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a quase 9 anos de reclusão por atentar contra as instituições. Girão declarou que, “por mais que discorde do que o Silveira falou, existe todo um devido processo legal dentro da Constituição para se punir isso”.
Segundo o congressista, o inquérito contra o deputado é “ilegal” e, ao dar prosseguimento a esse tipo de ação, a Corte está “tocando o terror no Brasil”. Ele citou um pedido que fez ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que o ministro Alexandre de Moraes seja convidado a fim de prestar esclarecimentos.
“[Espero] que ele possa explicar o que disse, na época de sua sabatina, de que iria respeitar a Constituição”, afirmou Girão, acrescentando que Pacheco “prometeu deliberar” sobre o caso ainda nesta semana.
Eduardo Girão entende que a ida de ministros da Suprema Corte ao Congresso Nacional pode ajudar a iniciar “um processo de pacificação” entre os poderes, uma vez que, na visão dele, “o Senado não vem cumprindo o seu papel, pelo contrário, vem assistindo de camarote ao que acontece no STF”.
“É legítimo esse grito das pessoas de querer mudanças. O Senado Federal tem prerrogativa constitucional de fazer impeachment de ministros por conduções suspeitas, ou investigar, e nunca fez isso em 132 anos de República. Chegou a hora do Senado fazer esse papel”, defendeu.