No dia 30 de maio, o senador Eduardo Girão, do partido NOVO-CE, adiantou seu voto em relação à indicação de Cristiano Zanin, ex-advogado pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para o Supremo Tribunal Federal (STF). Girão foi o primeiro parlamentar do Senado a expressar de forma enfática sua posição contrária ao nome escolhido por Lula.
Em uma entrevista concedida ao canal Jovem Pan em 1º de junho, o senador reforçou sua rejeição ao que ele chamou de “conflito de interesses”. Girão afirmou que sua oposição à indicação não era pessoal, mas sim baseada em princípios e preocupações com o Estado de Direito.
Na ocasião, ele destacou que o fato de Zanin ter sido advogado pessoal de Lula levanta questões de conflito de interesse, especialmente considerando a importância e a contestação que a Suprema Corte já enfrenta por interferências em outros poderes. Girão expressou preocupação com a falta de segurança jurídica no país e ressaltou a responsabilidade do Senado em exercer seu papel de fiscalização e equilíbrio.
O senador mencionou que o poder no Senado está muito concentrado nas mãos do presidente da Casa, dificultando ações como pedidos de impeachment e CPI da Lava Toga. Ainda assim, ele enfatizou que continuará desempenhando seu papel e votará contra a indicação de Zanin para o STF.
Ao ser procurado pelo Conexão Política na sexta-feira (11), o senador reiterou sua posição anterior, destacando que seu voto permanece contrário à entrada de Zanin no Supremo.