O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados abriu um processo contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) por quebra de decoro parlamentar.
O documento, encaminhado pelo Partido Liberal, sustenta que o comportamento do deputado durante discussão com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), foi considerado desrespeitoso e agressivo. Na ocasião, Braga questionou se Lira não tinha vergonha por defender a privatização da Petrobras. Na sequência, um bate-boca se estendeu por vários minutos.
O tumulto aconteceu no final do mês passado, durante uma sessão sobre o fim de incentivos tributários para a indústria petroquímica.
“Nos últimos anos o deputado Glauber Braga, abusando de sua imunidade material, tem se comportado em plenário de modo desrespeitoso e agressivo, ofendendo a honra de outros parlamentares e lesando a imagem desta Casa”, diz a ação do PL, assinada pelo presidente do partido, Valdemar da Costa Neto.
Em reação, o Psol chegou a protocolar uma representação contra Lira na ocasião do bate-boca, alegando que o presidente da Câmara extrapolou as prerrogativas do cargo ao ameaçar acionar a Polícia Legislativa contra Braga, com claro intuito de retirar o deputado do plenário.
Os deputados que poderão relatar o processo contra Glauber Braga são: Márcio Marinho (Republicanos-BA); Marcelo Nilo (Republicanos-BA) e Gilberto Abramo (Republicanos-MG).
Com a lista tríplice citada em mãos, conforme os nomes citados acima, presidente do Conselho de Ética, Paulo Azi (União-BA), deverá escolher um deles para ser relator do caso.
A decisão deve ser tomada na próxima reunião do colegiado.