O Conselho de Ética da Câmara decidiu, por uma maioria de 12 votos a 1, encerrar a investigação aberta contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou uma denúncia contra o parlamentar em abril, após um episódio acalorado envolvendo Eduardo e o também deputado Dionilso Marcon (PT-RS).
O incidente ocorreu durante uma acalorada discussão na Comissão de Trabalho da Câmara, quando Eduardo mencionou o atentado sofrido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018, e Marcon questionou a veracidade do ocorrido, chamando-o de “fake”.
Isso levou o direitista a reagir de forma emocional, levantando-se da cadeira e exigindo que Marcon repetisse a afirmação diretamente a ele, usando termos como “veado”. Naquela ocasião, o filho do ex-mandatário precisou ser contido por demais congressistas e assessores que estavam presentes na audiência.
O arquivamento da investigação contra Eduardo Bolsonaro foi apoiado por duas deputadas do PT, Jack Rocha (ES) e Ana Paula Lima (SC). O relator do caso, Josenildo Ramos (PDT-AP), argumentou em seu parecer que o congressista do PL agiu impulsivamente sob o calor das emoções, o que justifica o arquivamento.
Apenas um deputado se opôs ao arquivamento, Chico Alencar (PSOL-RJ), que argumentou a favor de, pelo menos, uma advertência a Eduardo Bolsonaro.
Até o momento, o Conselho de Ética não aplicou nenhuma punição a parlamentares neste ano de 2023. Outras representações contra Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Érika Kokay (PT-DF) também foram arquivadas no colegiado na última terça-feira (12).