A Brasil Paralelo, uma das empresas que deve ser alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, se posicionou sobre a eventual votação, prevista para esta terça-feira (3), de um requerimento que pede a quebra de sigilo bancário e fiscal de vários veículos de comunicação.
Sob a alegação de supostamente receber vantagens para se posicionar a favor do presidente da República e propagar notícias falsas no contexto da atual crise sanitária, o pedido, considerado inédito por se tratar de órgão de imprensa, foi protocolado pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Renan Calheiros (MDB-AL).
Conexão Política
No documento, Conexão Política, Brasil Paralelo e outras seis empresas de mídia são classificadas como possíveis “grandes disseminadores” de desinformação. Após tomarmos conhecimento sobre tal possibilidade, emitimos uma nota oficial. Clique AQUI para ter acesso à íntegra.
O que diz a Brasil Paralelo
Em plena atividade desde 2016, a Brasil Paralelo publicou um vídeo em seu canal do YouTube e veiculou um comunicado em que garante não ter nada a temer, frisando que disponibilizará todos os devidos documentos após a possível notificação por parte da comissão parlamentar.
“Tudo que os políticos da CPI quiserem saber sobre o nosso faturamento e a origem de receitas será disponibilizado assim que formos notificados oficialmente”, explica.
Ainda em nota, a produtora informa que as contas da empresa são auditadas pela Ernst & Young e que adota um programa de compliance da Grant Thornton.
“Pagamos nossos impostos em dia para financiar essa estrutura estatal que agora — segundo consta — pode nos perseguir por não repetirmos a narrativa que lhe convém”, explica a Brasil Paralelo, que se tornou conhecida por lançar obras que desafiam narrativas consideradas hegemônicas.
“Nossa luta é justamente para desmascarar os políticos corruptos, contra os quais não faltam denúncias. E caso esses mesmos políticos queiram nos investigar, não há problema, pois não temos o que temer”, acrescenta o veículo.