O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, foi abordado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) nesta segunda-feira (21).
Na ocasião, o congressista estava no local para tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19, no estado do Amapá.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, um homem se aproxima do parlamentar e o questiona sobre a “CPI da palhaçada em Brasília”.
Em resposta, Randolfe afirmou que o colegiado “vai prender Jair Bolsonaro”.
Na sequência, ele chama o chefe do Executivo de ‘assassino’ e ‘genocida’, atribuindo ao mandatário as mais de 500 mil mortes causadas pelo surto da doença no país.
“Não vai prender nunca. Sabe por quê? Deus está com ele. Em vez de vocês estarem perseguindo Bolsonaro, vocês deveriam estar cuidando do país, que está doente”, rebateu o manifestante.
Ainda nas imagens, é possível ver que Randolfe permanece no mesmo local onde estava quando foi abordado inicialmente. Dando continuidade ao bate-boca, ele disse que o país está na situação atual ‘graças a Bolsonaro’.
Ao portal UOL, o senador comentou a repercussão do caso e disse que a abordagem do apoiador do presidente foi ‘planejada’.
“Fui me vacinar e chegando lá na UBS, esperei por uma hora. Fui bem recebido por todos, mas na saída um indivíduo que, segundo comentários, nem estava no prédio, o que reforça ter sido encaminhado por alguém que soube da vacinação. O fato de ter esperado por uma hora com certeza fez com que fosse informado”, comentou.
“Foi uma ação claramente para lacrar nos grupos deles e para intimidar, o que não conseguiu porque não teve sucesso. Essa é a atuação miliciana”, completou o vice-presidente da CPI.
Senador Randolfe diz que CPI vai prender Bolsonaro. Chama o presidente de assassino e genocida e ouve o que um representante do povo acha.
Isenção na CPI? Ninguém sabe, ninguém viu!! pic.twitter.com/QjxUHm09mh
— Flavia Ferronato (@flferronato) June 21, 2021