O ex-ministro da Justiça Anderson Torres se manifestou na tarde desta quinta-feira (12) sobre a minuta de um decreto encontrado na casa dele que sugeria a decretação de estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Conforme noticiado por este jornal digital, o documento foi achado pela Polícia Federal (PF) durante a busca e apreensão na residência de Torres. Na ocasião, a ordem foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte.
De acordo com Anderson Torres, que também é ex-secretário de Segurança do DF e delegado da PF, o rascunho do decreto foi “vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim”.
“No cargo de ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. […] Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no ministério”, declarou.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) frisou que respeita a democracia brasileira e que sua pasta foi a primeira a fornecer os relatórios do governo federal após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito de outubro de 2022.
“Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como ministro”, escreveu ele.
Veja a declaração na íntegra
“No cargo de ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil. Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como ministro.”