Romeu Zema (Novo-MG), governador de Minas Gerais, disse temer que o Judiciário atue de forma parcial na apuração da Polícia Federal sobre suposta tentativa de golpe de Estado.
A investigação mira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. “Eu sou favorável a toda investigação. Eu sempre falo que quem não deve, não teme. Eu só temo que possa haver alguma parcialidade. Aí é que está a questão”, declarou Zema em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
“A Justiça no Brasil, no meu entender, tem demonstrado que, muitas vezes, tem julgado de acordo com interesses políticos e não de acordo com a lei. E isso me parece que ficou bastante acentuado nesses últimos 14 meses”, pontuou.
A investigação da PF deflagrou a operação Tempus Veritatis, executada em 8 de fevereiro. A operação mirou aliados do governo bolsonarista. O ex-presidente precisou entregar o passaporte para a PF. As ações foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Zema, que participou do ato na Avenida Paulista, em São Paulo, disse ter sido convocado por Bolsonaro.
“Eu tinha diversos outros compromissos lá [em são Paulo], e eu julguei que seria altamente positivo estar junto com o presidente que levou grandes melhorias para Minas Gerais”, disse o governador mineiro.
“Ele, nesse momento, precisa de um apoio que eu julgo que seria extremamente importante da minha parte. E o movimento comprovou isso, que ele tem apoio”, acrescentou.