Em meio a briga travada pelo bilionário Elon Musk com as autoridades brasileiras em questões de liberdades fundamentais, como expressão, opinião, imprensa e garantias individuais, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se tornaram palcos de uma série de denúncias por parte do magnata.
Musk não apenas tem denunciado publicamente as ações do judiciário brasileiro, mas também tem direcionado críticas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem ele se refere como ‘ditador brutal’, lançando uma série de acusações graves de violação constitucional e de direitos básicos.
Conforme tem noticiado pelo Conexão Política, as ações do empresário sul-africano não se limitaram ao Brasil, mas têm repercutido globalmente, especialmente nos Estados Unidos, Austrália e Portugal.
Com os holofotes direcionados ao judiciário brasileiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, proferiu um discurso no Rio de Janeiro, defendendo a luta por aquilo que ele chama de ‘democracia’ e contra o que define como ‘extremismo no Brasil’.
Barroso adotou um tom de urgência e gravidade, chegando a afirmar que o país enfrenta uma batalha de ‘vida ou morte’.
“Nós estamos enfrentando uma batalha de vida ou morte contra o obscurantismo, contra o extremismo e não têm sido fáceis esses tempos, mas esse é o papel da universidade, como é o papel do conhecimento. Confortar os aflitos e afligir os confortados”, discursou.
Durante a cerimônia de transmissão da direção da Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde Barroso leciona, o presidente do STF também enfatizou a importância de jogar mediante as regras.
“O direito é a alternativa concebida pela humanidade contra a força bruta. Em vez de conflitos armados e discursos ofensivos, trocamos argumentos. Temos enfrentado no Brasil uma resistência ao extremismo, à intolerância e à recusa em aceitar o outro. A democracia abriga liberais, conservadores e progressistas, mas não tolera quem desrespeita suas regras, quem não aceita resultados eleitorais e quem não joga limpo”, concluiu, sem enfatizar as denúncias internacionais que têm sido feitas.