O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (7) que o ocorrido no Congresso dos Estados Unidos deve colocar em ‘alerta’ a democracia brasileira.
“A violência cometida nesse início de 2021 contra o Congresso norte-americano deve colocar em alerta a democracia brasileira”, disse Fachin.
Vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele apontou para o cenário de 2022 e já adiantou que o resultado das urnas precisará ser respeitado.
“Em outubro de 2022 o Brasil irá às urnas nas eleições presidenciais. Eleições periódicas de acordo com as regras estabelecidas na Constituição e uma Justiça Eleitoral combatendo a desinformação são imprescindíveis para a democracia e para o respeito dos direitos das gerações futuras”, disse o ministro.
Segundo ele, “quem desestabiliza a renovação de poder” ou “falsamente confronta a integridade das eleições deve ser responsabilizado em um processo público e transparente”.
“A democracia não tem lugar para os que dela abusam”, frisou Fachin.
Ainda sobre o assunto, o ministro disse que “na truculência da invasão do Capitólio, a sociedade e o próprio Estado parecem se desalojar de uma região civilizatória para habitar um proposital terreno da barbárie”.
“A alternância de poder não pode ser motivo de rompimento, pois participa do conceito de república”, acrescentou.
Por fim, disse que as formas para confrontar a democracia “intencionalmente desorienta-se pelo propósito da ruína como meta, do caos como método e do poder em si mesmo como único fim. Dessa forma, o objetivo é produzir destroços econômicos, jurídicos e políticos por meio de arrasamento das bases da vida moral e material”.