A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar por quais motivos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu às dependais da embaixada da Hungria após a Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro.
O ex-mandatário, conforme divulgado pelo jornal The New York Times, passou duas noites no local. O veículo americano vazou imagens que mostram o tempo de permanência de Bolsonaro na embaixada, além de alguns acessos obtidos por ele.
O veículo americano sugere que o ex-chefe do Executivo brasileiro tentou um contato maior com Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria.
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, informou que a ida dele à Embaixada ocorreu para “manter contatos com autoridades do país amigo” e que outras interpretações “se constituem em evidente obra ficcional”.
A nota dos escritórios DB Tesser e Paulo Amador da Cunha Bueno Advogados afirma que, “nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações”.
Em paralelo, o jornalista do New York Times, Jack Nicas, admitiu que não há elementos que fundamentem uma possível busca de asilo por parte do ex-presidente, em uma eventual investida para evitar uma ordem de prisão. Ao ser questionado durante uma participação na CNN Brasil, Jack foi enfático: “O que eu tenho a dizer é que eu não tenho provas disso”.