O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostamente ter praticado quatro crimes quando ele era ministro do Meio Ambiente na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A denúncia, entretanto, foi embasada em um relatório parcial, e não final, da Polícia Federal (PF). A peça processual foi recebida pela 4ª Vara Criminal do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e Salles passou à condição de réu no caso.
O portal Poder360 questionou o MPF sobre a denúncia ter sido protocolada sem o relatório final da PF. Em resposta, o órgão declarou que “não poderia fornecer nenhum dado” pelo fato de o processo estar em sigilo e que o relatório final “não é pré-requisito” para a formalização da denúncia, desde que haja elementos suficientes no caderno apuratório.
Ao mesmo site, Ricardo Salles criticou a denúncia e chamou a peça de “prematura”. Afirmou que o MPF não quis aguardar o relatório final da PF porque não teria elementos contra ele. “Para não ter constrangimento que diria o que não querem ouvir, se anteciparam e fizeram uma denúncia prematura, cheia de suposições e que não condiz com a realidade”, declarou o congressista.
“Tudo isso mostra a vontade de fazer algo para me atacar e prejudicar, o que é desprovido de julgamento”, completou o parlamentar. Na visão do ex-ministro do Meio Ambiente, as acusações da promotoria contra ele são “apenas suposições” e que “a seriedade e imparcialidade do Judiciário demonstrarão a falácia ali contida”.