Ministério Público Federal do Pará solicitou uma série de informações, nesta segunda-feira (10), à secretaria executiva do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) acerca dos supostos crimes contra crianças denunciados pela ex-ministra da pasta e senadora eleita, Damares Alves (Republicanos-DF).
Conforme antecipou o Conexão Política, a senadora eleita pelo Distrito Federal esteve em um culto no último sábado (8), na igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO). Durante um seminário religioso, foi dito que crianças na Ilha de Marajó (PA) são traficadas e têm seus dentes “arrancados pra elas não morderem na hora do sexo oral”, além de comerem “comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal”.
Na gravação, Damares afirma ter descoberto o caso durante sua passagem no MMFDH, durante a gestão do governo Jair Bolsonaro (PL). Veiculado pelo Conexão Política, um dos trechos do vídeo ultrapassa 600 mil visualizações e mais de 30 mil compartilhamentos.
“Sobre a Ilha de Marajó, todo mundo pergunta: por que Bolsonaro está fazendo o maior programa de desenvolvimento regional na Ilha do Marajó? Porque ele tem uma compreensão espiritual que vocês não têm nem ideia. Fomos para Ilha do Marajó, e lá nós descobrimos que nossas crianças estavam sendo traficadas por lá. Marajó faz fronteira com o mundo, Suriname, Guiana. Vou contar uma coisa pra vocês que agora posso falar: nós temos imagens de crianças brasileiras com 4 anos, 3 anos que quando cruzam as fronteiras são sequestrada”, alegou Damares.
Em outro momento da palestra, ao usar do entendimento espiritual, é dito que o presidente da República é alvo de ataques por combater, entre outras coisas, o abuso sexual contra os menores de idade.
“Os seus dentinhos são arrancados pra elas não morderem na hora do sexo oral. Essa nação que a gente ainda tem irmãos. Nós descobrimos que essas crianças, elas comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal. Bolsonaro disse: ‘Nós vamos atrás de todas elas e o inferno se levantou contra esse homem. A guerra contra Bolsonaro que a imprensa levantou, que o Supremo levantou, que o Congresso levantou, acreditem, não é uma guerra política. É uma guerra espiritual”, acrescentou.
O MPF, ainda por meio do ofício, quer saber quais providências foram tomadas pela pasta do governo federal ao descobrir os casos, além de saber se houve denúncia feita ao MPF na época.
O APP do Conexão Política voltou e já está disponível em uma nova estrutura totalmente repaginada. Procure “Conexão Política” na sua loja de aplicativos e baixe-o agora mesmo em seu celular. É 100% gratuito! Ou, se preferir, clique aqui.