Nesta quinta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu rejeitar o pedido de liberdade provisória do delegado da Polícia Federal (PF) Anderson Torres, que está preso desde 14 de janeiro.
O Ministério Público Federal (MPF) havia solicitado a Moraes que a detenção fosse substituída por medidas mais brandas, como uso de tornozeleira e proibição de se ausentar do Distrito Federal.
Apesar disso, o ministro do STF negou o pedido, afirmando que a prisão deve ser mantida para “garantir a ordem pública”, e que Torres teria sido “conivente com associação criminosa destinada à prática” das invasões no dia 8 de janeiro.
“A organização, participação, financiamento e apoiamento aos atos violentos, criminosos, golpistas e antidemocráticos praticados no dia 8/01 configuram gravíssimos crimes, sendo exigível a responsabilização de todos que – por ação ou omissão – pretenderam destruir o Estado Democrático de Direito no Brasil”, diz a decisão.
“A prisão preventiva de Anderson Torres foi decretada como medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública com a cessação da prática criminosa reiterada e de novos planos ilícitos para a quebra da normalidade democrática; bem como, para a necessidade da investigação criminal, pois presentes fortes indícios de que o investigado foi conivente com associação criminosa destinada à prática daqueles atos”, acrescentou Moraes.