Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, mensagens analisadas sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se estenderam de agosto de 2022 a maio de 2023. Nelas, diz a Folha, o assessor de Moraes “pedia informalmente via WhatsApp ao funcionário do TSE relatórios específicos contra aliados de Bolsonaro” e “esses documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF”.
A Folha também reporta que não havia informação oficial de que os relatórios foram solicitados a pelo ministro ou pelo seu gabinete em nenhum dos casos aos quais o jornal teve acesso. “Em alguns, aparecia que o relatório era “de ordem” do juiz auxiliar do TSE. Em outros, uma denúncia anônima”, diz o veículo.
Em outro trecho, é dito que o pedido para elaboração de relatórios pelo TSE foi feito de maneira extraoficial em ao menos duas dezenas de casos. A reportagem também aponta que parte desses documentos foram usados pelo magistrado “para embasar medidas criminais contra bolsonaristas, como cancelamento de passaportes, bloqueio de redes sociais e intimações para depoimento à Polícia Federal”.
A Folha de São Paulo retrata também que houve mensagens referentes a um caso em específico, envolvendo Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, ambos jornalistas e apoiadores de Bolsonaro. Segundo o veículo, em 28 de dezembro de 2022, Vieira enviou a Tagilaferro mensagem “sobre um pedido de Moraes para fazer relatórios a partir de publicações das redes” de Constantino e de Figueiredo.
Ainda de acordo acordo com a Folha, Tagliaferro enviou uma primeira versão de relatório. Em resposta, Vieira encaminhou outras publicações e pediu ajustes no texto, deixando claro que o pedido partiu de Alexandre de Moraes.