O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma nova determinação nesta quinta-feira (15), ordenando que a Polícia Federal (PF) tome o depoimento do influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, dentro de um prazo máximo de cinco dias.
Essa decisão vem como complemento de uma medida anterior, na qual o magistrado havia determinado o bloqueio de cinco perfis do influenciador em diferentes plataformas de redes sociais.
O bloqueio, que deve ser cumprido pelo Discord, Meta, Rumble, Telegram e Twitter, acarretará em uma multa diária de R$ 100 mil caso não seja obedecido. Além disso, as plataformas devem preservar todo o conteúdo das postagens.
A ação de Moraes foi motivada pelas acusações de divulgação de, segundo o magistrado, “notícias fraudulentas”, feitas por Monark sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Monark publicou uma entrevista com o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) que, segundo eles, resultou na disseminação de conteudos prejudiciais à integridade das instituições eleitorais.
Embora Moraes já tivesse ordenado o bloqueio dos perfis do influenciador anteriormente, ele constatou que Monark criou novas contas, incluindo um canal na plataforma Rumble com cerca de 287 mil seguidores.
Além do bloqueio, o ministro também determinou que Monark se abstenha de divulgar materiais enquadrados por ele como ‘fake news’ sobre o STF e o TSE, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
A defesa de Monark afirmou, em nota enviada à CNN na quarta-feira (14), que ainda não teve acesso à decisão completa de bloqueio dos perfis e aguarda a obtenção do documento integral do inquérito para se manifestar.