As indicações políticas para integrantes das instâncias superiores do Judiciário sempre foi questionada pela população. Não à toa existem diversas propostas legislativas que tentam mudar a regra para o ingresso nas Cortes.
As sugestões apresentadas por congressistas vão desde acenos a fim de que os magistrados tenham cargos com tempo de mandato a uma limitação do atual critério por idade.
Mas e quando a interferência política é perpetrada a partir da própria Justiça? É o que fazem ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com a revista Veja.
Conforme o veículo, a eleição da lista de desembargadores para as duas vagas que foram abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ) provocou um “lobby” que “causa desconforto” e envolve até mesmo a Suprema Corte do país.
São pelo menos 20 candidatos às duas cadeiras disponíveis no tribunal. “Se alguém do STF me ligar, aí é que não voto”, teria dito à Veja um juiz do STJ, sinalizando que os ministros do Supremo não apenas têm seus próprios postulantes como atuam em favor deles.
Nas próximas semanas, o STJ vai eleger quatro nomes de desembargadores federais para formar uma lista que será encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro (PL), chefe do Executivo e responsável pela escolha dos magistrados.