O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Joe Biden, —pertencente ao espectro político de esquerda—, oficialmente informou ao Brasil que não realizará a extradição do jornalista Allan dos Santos, que é de direita.
Mesmo em lados políticos opostos, isso se deve ao fato de que as autoridades americanas consideram os supostos delitos de Allan como crimes de opinião, que não existem em democracias sólidas. Por consequência, os direitos do brasileiro estariam garantidos no âmbito da liberdade de expressão.
Os EUA poderiam até considerar a extradição caso o processo contra Allan estivesse relacionado a crimes como homicídio, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, por exemplo. No entanto, o episódio envolvendo o comunicador é visto como violação da livre manifestação do pensamento.
A resposta dos Estados Unidos passou pelo Executivo brasileiro, segundo informações da Folha de S. Paulo, mas foi endereçada ao Supremo Tribunal Federal (STF), órgão responsável pelo pedido de prisão.
O STF alega que Allan dos Santos cometeu crimes de calúnia, injúria e difamação. Tanto A Corte quanto o governo Lula têm interesse na repatriação do jornalista de direita.