O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirma ter encontrado indícios de que houve prática de “rachadinha” no gabinete do vereador do Rio de Janeiro (RJ) Carlos Bolsonaro (Republicanos).
Os investigadores do órgão obtiveram um laudo que aponta 688 depósitos feitos por seis servidores nomeados por Carlos na conta bancária do chefe de gabinete do parlamentar. A soma dos valores chega a R$ 2,014 milhões.
O laudo, obtido pelo jornal O Globo, foi produzido pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do MP do Rio, e entregue à 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada.
O MP agora tenta descobrir se o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi beneficiado pessoalmente com o dinheiro, ou seja, se ele desfrutou do montante que, a princípio, teria sido repassado a seu chefe de gabinete.
Dos seis funcionários identificados pelo laudo do MP, três ainda seguem lotados no gabinete do vereador carioca. Os outros dois não pertencem mais à lotação de Carlos Bolsonaro na Câmara do Rio.
Em nota, os advogados de Carlos dizem que “é preciso apurar se ocorreu, mais uma vez, o lamentável vazamento de possíveis documentos e informações que estão sob sigilo determinado pelo Poder Judiciário”.
Em uma crítica à matéria jornalística que divulgou o laudo do MP, a defesa argumenta que, “aparentemente, a matéria divulga, de forma seletiva, algumas informações sigilosas com o nítido intuito de promover ataques ao vereador”.
“A defesa reitera que o vereador Carlos Bolsonaro está totalmente à disposição para prestar esclarecimentos e fornecer qualquer tipo de informação ao Ministério Público”, conclui o comunicado.