O juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), negou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, morto no dia 8 de março deste ano, no apartamento onde morava com a mãe e o padrasto.
O laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) indicou que a criança sofreu 23 ferimentos e que a causa da morte foi “hemorragia interna e laceração hepática”. O corpo apresentava lesões hemorrágicas na cabeça, lesões no nariz, hematomas no punho e abdômen e contusões no rim e nos pulmões, além de hemorragia interna e rompimento do fígado.
O pedido da quebra dos sigilos bancário e fiscal foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que levantou “indícios de que Jairinho estaria dissolvendo seu patrimônio para tentar deixar de pagar uma eventual indenização”.
Na decisão, proferida na terça-feira (3), o magistrado do caso escreveu “que não foram apresentados mínimos indícios de presumida ocultação de patrimônio, com a finalidade de impedir o pagamento de indenização eventualmente imposta por este juízo”.
O ex-vereador a sua ex-companheira estão presos desde 8 de abril acusados de homicídio triplamente qualificado. Além da morte de Henry, Jairinho também foi denunciado em dois casos de torturas em filhos de ex-namoradas e ainda por violência doméstica. No dia 30 de junho, ele perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar, em decisão unânime da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.