O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) estabeleceu um prazo de 48 horas para que o Google, empresa responsável pelo YouTube, retire do ar o trecho de uma entrevista em que o ex-deputado e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) fala sobre “boicote” a empresas de judeus.
Atendendo a um pedido da Fierj (Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro), a decisão é assinada pelo desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos. Caso não seja cumprida, a empresa está sujeita a multa de R$ 100.000.
Passos determina que a plataforma censure um trecho de 19 segundos de uma entrevista concedida por Genoíno ao canal Diário do Centro do Mundo TV, do jornal digital brasileiro de esquerda, em 20 de janeiro. O vídeo, cujo link está disponível no documento, já consta como “indisponível” no YouTube.
Na época, o ex-presidente do PT disse achar “interessante” um boicote “por motivos políticos que ferem interesses econômicos” a determinadas empresas de judeus.
“Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos é uma forma interessante. Inclusive, tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus. Há, por exemplo, boicotes a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, eu acho que o Brasil deveria cortar relações comerciais na área de segurança e defesa com o Estado de Israel”, afirmou Genoíno.