O governo de Mato Grosso do Sul foi abalado por uma operação policial que visou seus integrantes. Servidores de diferentes níveis hierárquicos foram alvo de mandados de prisão e busca e apreensão durante a realização da Operação Turn Off, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc).
Essa força-tarefa resultou nas exonerações de Flávio da Costa Brito Neto, secretário adjunto da Casa Civil, e Edio Antônio Resende de Castro Bloch, adjunto da Educação. Ambos perderam seus cargos, juntamente com outros dois servidores da Secretaria de Saúde, um da Administração e um da Educação.
A lista de exonerações inclui ainda Simone de Oliveira Ramirez Castro, técnica responsável pelo pregão de licitações, e Andrea Cristina Souza Lima, comissionada da Secretaria Estadual de Educação, ambas presas pela polícia. Além disso, Márcia Barbosa Borges, servidora que orientou um empresário suspeito de integrar uma quadrilha de fraudadores em procedimentos licitatórios, foi afastada.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) está investigando um possível desvio de R$ 68 milhões em contratos com empresas que prestam serviços para as secretarias de Educação e Saúde do governo estadual.
Segundo o Gaeco, a denominação Turn Off refere-se ao “primeiro grande esquema descoberto nas investigações, relacionado à aquisição de aparelhos de ar-condicionado, e deriva da ideia de ‘desligar’ (cessar) as atividades ilícitas da organização criminosa investigada”.
No total, foram cumpridos pelo menos 8 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão na última terça-feira (29). As buscas ocorreram na capital, Campo Grande, e também em cidades do interior como Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho. Na residência de um dos alvos, foram apreendidas quantias em dólares e euros em espécie.
Em nota, o governo de MS disse que os servidores alvo da operação “serão imediatamente afastados de suas funções” a fim de “garantir total transparência sobre contratos e procedimentos adotados pela gestão pública”. O Conexão Política tenta contato com a defesa dos demais citados na matéria. O texto poderá ser atualizado.