O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), é um dos alvos da quarta fase da Operação Sangria, da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (2).
Na ação, que apura supostas fraudes em licitação e desvios de recursos públicos durante a pandemia da Covid-19, estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária nas cidades de Manaus/AM e Porto Alegre/RS, além de sequestro de bens e valores no montante de R$ 22,8 milhões.
As buscas estão sendo feitas na casa de Wilson Lima, na sede do governo do Amazonas, na Secretaria de Saúde, na casa do secretário de Saúde, Marcellus Campêlo. A casa do dono do Hospital Nilton Lins e o hospital também estão na lista. Ao todo, as buscas são realizadas em endereços ligados a 18 pessoas.
Em um dos endereços, os policiais foram recebidos a tiros pelo filho do empresário Nilton Lins, informou a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, responsável pelo caso na Procuradoria-Geral da República (PGR).
As diligências desta manhã foram autorizadas pelo ministro Francisco Falcão, relator do caso no STJ, onde o processo tramita devido ao foro privilegiado dos governadores alvos da força-tarefa.
O magistrado determinou ainda a prisão temporária de seis investigados, com prazo de cinco dias, bem como a quebra de sigilo bancário e fiscal de 27 pessoas e empresas.
Os indiciados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.
As autoridades citadas nesta matéria ainda não se pronunciaram. O Conexão Política fez contato com as assessorias e segue aguardando os posicionamentos oficiais.