O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, deu cinco dias para o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestar a respeito de pedidos feitos por partidos de oposição.
Entre as siglas estão PT, PDT, Rede e PC do B, que solicitam imediata exclusão das redes sociais os vídeos em que o mandatário aparece questionando as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral.
Conforme registramos, Bolsonaro sinalizou preocupação com a segurança e transparência do pleito, apontando relatos de vulnerabilidade, e destacando também um inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) em 2018.
Segundo o mandatário, “hackers ficaram por oito meses dentro dos computadores do TSE”.
— Tudo que vou falar aqui está documentado, nada da minha cabeça. O que mais quero por ocasião das eleições é a transparência. Queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado — afirmou.
No despacho desta quinta-feira, 21, no entanto, o ministro diz que o caso foi além da propaganda irregular, o que em tese pode configurar um abuso. No entanto, ainda não há registro de candidatura de Bolsonaro.
— Antes, porém, de poder analisar o pedido formulado em caráter de urgência, faz-se necessária a aferição da regularidade do meio processual adotado. Isso porque embora a demanda tenha sido identificada como Representação, da leitura da petição inicial extrai-se da causa de pedir que os fatos retratados indicam que a aduzida prática de desinformação volta-se contra a lisura e confiabilidade do processo eleitoral, marcadamente, das urnas eletrônicas — sustentou.
Procurado pelo Conexão Política, o Planalto não se manifestou até o momento.