Partidos políticos que fazem oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso pediram ao ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que suspenda o porte de armas de fogo no dia das eleições.
O pleito deste ano acontecerá em 2 de outubro. O segundo turno, se houver, está agendado para o dia 30 do mesmo mês.
Em uma petição, líderes de seis legendas de esquerda querem que o Brasil suspenda armamentos para civis durante a votação. No documento, os dirigentes pedem que o chefe do Executivo seja multado por incitar a violência.
A representação solicita que, nos dias 2 e 30 de outubro, “a circulação de pessoas portando armas fique restrita a atividades policiais e de segurança”. Também pede que a Justiça Eleitoral se manifeste sobre “pessoas portando armas e a entrada nos locais de votação e sessões eleitorais”.
“O processo eleitoral, a segurança dos eleitores e dos candidatos, notadamente os de oposição ao governo vigente, estão sob elevado risco, inclusive de vida, num momento em que se agudizam as ameaças e os ataques da turba ensandecida, incentivadas e estimuladas pelo canto do aboio que desde o início do atual mandato presidencial se faz presente, como expressão de ódio, intolerância e incapacidade de convivência democrática”, diz o pedido.
Na consulta, as siglas desejam que Bolsonaro seja obrigado a condenar publicamente o assassinato do dirigente petista ocorrido no último sábado (9), sob pena de multa diária de R$ 1 milhão em caso de descumprimento.
Também foi pleiteado que o mandatário seja multado no mesmo valor caso faça qualquer tipo de “discurso de ódio” ou “incitação à violência” contra seus adversários.