O deputado federal Loester Trutis (PSL-MS) foi preso em flagrante na manhã desta quinta-feira (12).
A prisão aconteceu durante operação da Polícia Federal (PF) que investiga o “atentado fake” sofrido pelo parlamentar em fevereiro deste ano.
Durante o cumprimento da ordem judicial, os agentes encontraram encontraram arma de fogo de uso restrito, e o prenderam em flagrante.
Também foram feitas buscas em endereços de pessoas ligadas ao deputado federal em Campo Grande/MS e em Brasília/DF. O irmão dele, Carlos Alberto Gomes de Souza, também foi alvo da PF.
Deflagrada logo ao amanhecer e por determinação da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), a “Operação Tracker” envolveu 50 policiais federais e 10 mandados de busca e apreensão.
Atualização – 13/11/2020 às 19h
Ainda na quinta-feira (12), a ministra Rosa Weber concedeu liberdade ao deputado federal Loster Trutis porque o armamento apreendido com o parlamentar foi classificado como de uso restrito e não de uso proibido.
Como a Constituição assegura que parlamentares só podem ser presos em flagrante por crime inafiançável, a classificação do tipo do fuzil foi usada para garantir a soltura, já que no caso de armas de uso restrito há previsão de liberdade mediante pagamento de fiança.
“Por conseguinte, é forçoso constatar que a situação concreta não autoriza o afastamento da imunidade parlamentar formal ou processual encartada no artigo 53, § 2º, da Constituição Federal, do que decorre a ilegalidade da formalização do ato flagrancial. Ante o exposto, relaxo a prisão em flagrante do Deputado Federal”, anotou a ministra em sua decisão.
Apesar de o relatório da Polícia Federal (PF) detalhar como o deputado fingiu um atentado a tiro mas errou até a trajetória das balas para confirmar a versão inventada, Loester Trutis gravou para os seguidores se dizendo “vítima do sistema”.