Uma a uma, as acusações feitas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 contra o governo federal parecem perder força perante a Justiça. Com isso, os senadores de oposição amargam novas derrotas.
Desta vez, o ministro Ricardo Lewandowski, da Suprema Corte, decidiu arquivar uma investigação sobre a conduta do ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), no episódio da compra de vacinas contra o vírus.
No ano passado, a CPI acusou Rosário de prevaricação em razão de um suposto caso de corrupção e tráfico de influência envolvendo as negociações pela compra do imunizante.
Na ocasião, as possíveis irregularidades envolveram o nome da empresa Precisa Medicamentos, representante do laboratório indiano Bharat Biotech e dono da vacina Covaxin.
Ao analisar o caso, Lewandowski considerou que cabe ao Ministério Público Federal (MPF) opinar quanto à presença de elementos mínimos necessários para instaurar uma ação penal.
Os parlamentares ainda podem pedir diligências complementares à Polícia Federal (PF), se quiserem. Mas como a Procuradoria-Geral da República (PGR) entendeu que o procedimento deveria ser encerrado, assim foi feito. É de praxe a Corte atender a pedidos de arquivamentos feitos pelo procurador-geral.