A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escolhida para relatar o pedido de investigação feito por três congressistas envolvendo a compra da Covaxin, vacina da farmacêutica indiana Bharat Biotech.
A queixa-crime foi protocolada nesta última segunda-feira (28) pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jorge Kajuru (Podemos-GO) e Fabio Contarato (Rede-ES).
Segundo os parlamentares, em depoimento prestado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, na semana passada, o servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, afirmou ter sofrido pressão de seus superiores para finalizar a tramitação da compra do imunizante, além de ter conhecimento sobre supostas irregularidades no processo.
Ao comentar o fato com o irmão, o deputado Luís Miranda (DEM-DF), ele supostamente teria procurado o presidente Jair Bolsonaro para relatar o caso. Para os senadores, é necessário investigar houve crime de prevaricação.
Outro lado
Na semana passada, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, já havia afirmado, antes mesmo do depoimento, que a Polícia Federal (PF) seria informada sobre o conteúdo das denúncias e que investigaria o caso.
Segundo o ministro, “não houve favorecimento a ninguém, e esta é uma prática desse governo, não favorecer ninguém. Segundo, não houve sobrepreço. Tem gente que não sabe fazer conta. Terceiro, não houve compra alguma. Não há um centavo de dinheiro público que tenha sido dispendido do caixa do Tesouro Nacional ou pelo Ministério da Saúde”.
Na ocasião, Onyx garantiu que um dos documentos apresentados por Luis Ricardo Miranda seria falso.