Um novo ano, um novo ciclo. Se depender do amazonense Beto Simonetti, eleito novo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a sua gestão será marcada por buscas de conciliação com as forças políticas do país.
Aos 43 anos, Simonetti, toma posse nesta terça-feira (1º).
Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele explicou que o foco de sua gestão será na “redignificação da advocacia”, levando em consideração que os advogados “estão muito longe da Ordem”.
A partir disso, Beto Simonetti destacou que a prioridade é gerar “reaproximação, conexão, reconstrução da confiança perdida por alguns ao longo do tempo”.
Sobre questões de ‘politização’, o advogado disse que “há uma incompreensão por muitos advogados brasileiros por conta dessa distância que nos foi imposta”.
Na visão dele, “não se pode confundir a função primordial da Ordem, que é ajudar a estabilizar o Estado democrático de Direito, com questões muitas vezes confundidas como ideias pessoais”, pontuou.
Ao ser questionado sobre as duras críticas que o seu antecessor, Felipe Santa Cruz, realizava contra o presidente Jair Bolsonaro, Simonetti respondeu:
“O que eu quero implementar nessa gestão é o diálogo permanente com todos os atores políticos do Brasil. Quero dialogar em prol da advocacia. [Vamos] conversar com o chefe do Poder Judiciário, com o chefe do Executivo e com o chefe do Congresso Nacional, mas em busca de construção de benefícios para a advocacia”, completou.